Fábio Baccheretti diz que nenhuma criança morta em São João del Rei teve Streptococcus
Secretário da Saúde de Minas Gerais aponta que relação entre bactéria e casos é fruto de desinformação
O secretário de saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, afirmou em entrevista à Itataia, nesta sexta-feira (27), que nenhuma criança morta em São João del Rei com sintomas de amigdalite, estava infectada pela bactéria Streptococcus Pyogenes.
A entrevista com o secretário aconteceu durante um evento em São João de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na cerimônia, o Governo de Minas entregou 17 ônibus para atender o consórcio de saúde que atende as cidades da região via Sistema Único de Saúde (SUS).
"O que se sabe: dos três óbitos vinculados a São João Del-Rei, nenhum deles tem a streptococcus como causa. São causas que estão sendo investigadas no terceiro caso, que é o mais recente. Deve ser uma sepse (infecção generalizada) por uma infecção bacteriana. Vamos tentar descobrir qual bactéria, mas isso existe o tempo todo", afirmou o secretário.
Segundo ele, as duas crianças que morreram primeiro não foram testadas. As amostras laboratoriais da terceira vítima ainda estão sendo analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). "Por enquanto, não cresceu nenhuma bactéria específica, inclusive a streptococcus. Então, não se tem nenhuma informação de óbito vinculado a essa bactéria", esclareceu.
Secretário alerta para a desinformação e preocupação excessiva
Baccheretti ainda comentou que a relação entre as três mortes e a streptococcus foi fruto de uma desinformação. "Houve uma criança que foi internada com uma bactéria que se chama streptococcus. Essa paciente teve alta melhorada, mas, por algum motivo, vinculado à desinformação, esses três óbitos foram associados à mesma bactéria", disse.
O secretário afirmou que mantém contato com o diretor técnico da Santa Casa de São João Del-Rei rotineiramente. Ele teria confirmado que não houve aumento de pessoas internadas recentemente. O número é o mesmo de meses atrás. "O que existe, realmente, é o aumento da preocupação da população com esses casos — e uma associação (à bactéria) sem nenhum vínculo científico. Não existe nenhuma causa comum. Os óbitos que nós temos, relacionados às internações infantis, são o mesmo número de toda a nossa história", apontou.
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