Ministro do Supremo não tem ideologia nem lado político, diz Dino

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou, nesta quarta-feira (29), que se for aprovado para o Supremo Tribunal Federal vai se despir de ideologias porque "ministros do Supremo não têm ideologia nem lado político". Dino foi indicado por Lula, na última segunda-feira (27), para a vaga deixada pela ministra Rosa Weber no STF e hoje começou o já tradicional périplo pelo Senado Federal, a quem cabe decidir pela aprovação ou rejeição de seu nome.

Flávio Dino estava acompanhado dos senadores Veneziano Vital do Rêgo, presidente em exercício do Senado, e Weverton Rocha (PDT-MA), que é o relator da indicação do ministro Dino. O senador chegou a afirmar que projeta ao menos 50 votos favoráveis para a aprovação de Flávio Dino.

Antes de começar oficialmente o chamado beija-mão, que é quando o indicado a ministro visita os gabinetes para estreitar relações com os senadores em busca de apoio, Dino fez questão de afirmar, em entrevista coletiva, que "o sentido dessa interlocução é buscar harmonia entre os Poderes".

Dino possui um caminho cheio de emoções pela frente, haja vista sua rejeição por parte de senadores de oposição ao governo. Embora não estejam em número suficiente para barrar a indicação, Dino disse querer tratar com todos sem levar em consideração ideologias. "Nessa matéria não existe oposição, é um tema do país. Quem vai ao Supremo, ou pretende ir ao Supremo, deixa de ter lado político", afirmou.

Na última segunda (27), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou que as sabatinas dos indicados pelo presidente Lula para o STF e para a Procuradoria -Geral da República (PGR) serão realizadas em 13 de dezembro.