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Juíza de SC que gritou com testemunha já ficou afastada por dois anos para tratar bipolaridade

De acordo com o TRT-SC, entre 2014 e 2021, a magistrada apresentou três atestados de 30 dias por ano; corregedoria investiga condição de saúde

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A juíza Kismara Brustolin exigiu, aos gritos, que testemunha a chamasse de "excelência" durante audiência em Santa Catarina

A juíza Kismara Brustolin, investigada por exigir, aos gritos, que uma testemunha a chamasse de "excelência" durante uma sessão remota em Santa Catarina, sofre de transtorno bipolar, de acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC). As informações são do jornal O Globo.

O órgão informou que a magistrada teve "uma série de afastamentos para tratamento de saúde". De 2014 a 2021, ela apresentou três atestados de 30 dias por ano. Somados, os períodos totalizam 24 meses de licença. Desde o ano passado, a doença era considerada estabilizada.

Na quarta-feira (29), a juíza apresentou um novo atestado e ficará afastada por 15 dias. O afastamento não impede que a magistrada seja investigada pela conduta. A Corregedoria Regional do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª região (TRT-SC) instaurou um procedimento para apurar a conduta da juíza. O órgão irá verificar se o comportamento da magistrada foi causado por um eventual transtorno mental.

Relembre o caso

No vídeo da audiência que circula nas redes sociais, Kismara Brustolin se exalta ao chamar a atenção da testemunha e exigir ser tratada como "excelência".

"Eu chamei sua atenção. O senhor tem que responder assim: O que a senhora deseja, excelência?", afirmou.

Em seguida, a testemunha repete, por duas vezes, que não entendeu a colocação da juíza. Diante da situação, a magistrada gritou; "Responda, por favor". Ela ainda esbravejou: "Repete!"

A testemunha chegou a questionar se seria obrigado a seguir a determinação da juíza e foi informado que o depoimento seria desconsiderado do processo. "O senhor não é obrigado, mas se o senhor não fizer isso, o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado".

Em seguida, quando a testemunha afirmou que está à disposição para esclarecer "a inverdade de fotos" que estão no processo trabalhista, a juíza volta a gritar, ofende o depoente e determina a retirada dele da sala virtual. "Para, para! Bocudo!"

*Com informações da Agência Brasil


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