Quem é a juíza de SC que gritou e obrigou testemunha a chamá-la de 'excelência'?
Kismara Brustolin é natural de Caxambu do Sul (SC) e atua como magistrada substituta no TRT-SC
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 12ª Região, suspendeu a juíza Kismara Brustolin após a magistrada exigir, aos gritos, que uma testemunha a chamasse de "excelência" durante uma sessão remota da Vara da Justiça do Trabalho em Xanxerê (SC), no dia 14 de novembro.
O homem, que prestava depoimento como testemunha de um processo trabalhista, ainda foi chamado de "bocudo" pela magistrada. O caso veio à tona após o vídeo da audiência ter sido publicado nas redes sociais.
Quem é Kismara Brustolin?
A juíza nasceu na cidade de Caxambu do Sul, em Santa Catarina. Ela atua na Vara da Justiça do Trabalho, em Xanxerê (SC), como magistrada substituta.
A juíza é formada em direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e tem especialização em Direito Processual Civil. A magistrada começou a carreira no direito como estagiária na 1ª Vara Criminal de Chapecó. Depois, Brustolin atuou como advogada.
No Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina, ela foi técnica e analista judiciário, nas varas de São Miguel do Oeste, Xanxerê e Criciúma. Ela também trabalhou no TRT de Mato Grosso como juíza do trabalho substituta.
TRT-SC suspendeu magistrada
Em nota, o TRT-SC disse que atendeu ao ofício da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e decidiu pela "imediata suspensão da realização de audiências pela magistrada, sem prejuízo do proferimento de sentenças e despachos".
O órgão ainda determinou a abertura de uma investigação interna contra a juíza para apurar a conduta dela. Kismara Brustolin ainda não se manifestou sobre o caso.
O caso
No vídeo da audiência que circula nas redes sociais, Kismara Brustolin se exalta ao chamar a atenção da testemunha e exigir ser tratada como "excelência".
"Eu chamei sua atenção. O senhor tem que responder assim: O que a senhora deseja, excelência?", afirmou.
Em seguida, a testemunha repete, por duas vezes, que não entendeu a colocação da juíza. Diante da situação, a magistrada gritou; "Responda, por favor". Ela ainda esbravejou: "Repete!"
A testemunha chegou a questionar se seria obrigado a seguir a determinação da juíza e foi informado que o depoimento seria desconsiderado do processo. "O senhor não é obrigado, mas se o senhor não fizer isso, o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado".
Em seguida, quando a testemunha afirmou que está à disposição para esclarecer "a inverdade de fotos" que estão no processo trabalhista, a juíza volta a gritar, ofende o depoente e determina a retirada dele da sala virtual. " Para, para! Bocudo!"
*Com informações da Agência Brasil
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