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'Muito instável,' diz advogado de vítima sobre juíza que gritou em audiência em SC

Pedro Henrique Piccini estava na audiência e afirma que 'animosidade da juíza estava excessiva'; magistrada foi afastada e é investigada pelo CNJ

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Caso viralizou nas redes sociais nos últimos dias

O vídeo em que a juíza Kismara Brustolin, do Tribunal Regional de Trabalho (TRT), grita com uma testemunha durante uma audiência virtual viralizou nos últimos dias e se tornou um dos assuntos mais comentados da internet. A atitude da magistrada surpreendeu não apenas os milhões de brasileiros que assistiram ao vídeo, mas também um dos advogados presentes na audiência.

A Itatiaia conversou com exclusividade com o advogado Pedro Henrique Piccini, que defende uma das partes na audiência em que Kismara exigiu ser chamada de “vossa excelência” por uma das testemunhas. Após alguns minutos de discussão, anulou o depoimento dele. Pedro Henrique Piccini afirma que a “animosidade” da magistrada foi tanta que ele não viu saída para contornar a situação. Segundo o advogado, a testemunha que teve o depoimento excluída era “muito importante” para o caso.

“A animosidade da magistrada estava muito excessiva, ela estava muito instável. Eu tentei remediar a situação que estava acontecendo, estabelecer um diálogo. Não consegui porque fui interrompido em duas possibilidades em duas oportunidades melhor dizendo. Eu vi que não havia nada que pudesse ser feito, então só fiz o registro dos protestos ao final da audiência.”

Advogado toma providências

Pedro Henrique Piccini explica que, além do registro dos protestos ao final da audiência, ele entrou com um pedido de providências na Ordem dos Advogados do Brasil da cidade de Xanxerê. O pedido foi encaminhado para a Corregedoria e, pouco depois, Kismara acabou sendo afastada do TRT.

“Ela está impedida de fazer audiências. Buscamos pela responsabilização do que ela fez, tanto pela TRT quanto pelo Conselho Nacional de Justiça. Foram essas tratativas que nós fizemos e vamos aguardar o que foi feito para depois pensar em outras medidas cabíveis.”

Relembre o caso

No vídeo da audiência que circula nas redes sociais, Kismara Brustolin se exalta ao chamar a atenção da testemunha e exigir ser tratada como "excelência".

"Eu chamei sua atenção. O senhor tem que responder assim: O que a senhora deseja, excelência?", afirmou.

Em seguida, a testemunha repete, por duas vezes, que não entendeu a colocação da juíza. Diante da situação, a magistrada gritou; "Responda, por favor". Ela ainda esbravejou: "Repete!"

A testemunha chegou a questionar se seria obrigado a seguir a determinação da juíza e foi informado que o depoimento seria desconsiderado do processo. "O senhor não é obrigado, mas se o senhor não fizer isso, o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado".

Em seguida, quando a testemunha afirmou que está à disposição para esclarecer "a inverdade de fotos" que estão no processo trabalhista, a juíza volta a gritar, ofende o depoente e determina a retirada dele da sala virtual. "Para, para! Bocudo!"


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