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Sessão termina sem votação e Gabriel Azevedo mantém seu mandato

Após sessão marcada por obstrução e adiamentos, presidente da Câmara Municipal de BH, Gabriel Azevedo, mantém seu mandato como vereador

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Sessão que decidiria sobre cassação de Gabriel Azevedo se encerrou sem votação

A sessão extraordinária que foi convocada na Câmara de BH nesta segunda-feira (4) para votar a cassação do vereador Gabriel Azevedo (sem partido) foi encerrada sem votação. Dessa forma, o presidente da Câmara mantém seu mandato, já que esta era a última oportunidade para que a denúncia contra ele fosse votada em plenário. Dessa maneira, a denúncia por quebra de decoro parlamentar foi arquivada.

A sessão começou às 9 e meia da manhã e só terminou por volta das 14h30, por conta de uma regra regimental. Como havia uma sessão ordinária, em plenário, a partir deste horário, a reunião extraordinária que a antecedeu precisou ser encerrada.

Diferentemente do que aconteceu na última sexta-feira (1º), quando apenas 10 vereadores confirmaram presença para analisar a cassação, nesta segunda-feira, 37 dos 41 parlamentares confirmaram presença.

Sessão foi aberta, mas marcada por atrasos

Com o número de vereadores, superando o quórum mínimo necessário para abrir os trabalhos (21 é quórum mínimo), o vice-presidente da Câmara, vereador Juliano Lopes (Agir), que preside a sessão, abriu a reunião e a suspendeu por duas horas.

Lopes, que atualmente é considerado adversário político de Azevedo, não explicou os motivos da suspensão. Os trabalho foram retomados às 11 e meia da manha.

Após abrir os trabalhos, Lopes autorizou que o vereador Marcos Crispim (Podemos) desse início à "leitura das Sagradas Escrituras".

Este momento de leitura da Bíblia ocorre em todas as sessões na Câmara e costuma durar alguns segundos ou poucos minutos. No momento, na sessão de hoje, a leitura durou 11 minutos. Após o fim da leitura, o vereador Wesley Moreira (PP), também adversário de Azevedo, pediu que a mesa diretora lesse na íntegra a denuncia contra Azevedo.

A leitura da vereadora Flávio Borja (PP) que - segundo o grupo de Azevedo foi feita lentamente - durou 1 hora e 20 minutos.

Nos bastidores, vereadores que eram contrários à cassação de Azevedo disseram que essas iniciativas eram tentativas de atrasar a votação. Apesar da reclamação, qualquer tipo de obstrução é legal e pode ser feito, segundo o regimento da casa.

Antes do início da sessão, uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) autorizou a convocação do vereador suplente Professor Givanildo (Patriota) para a sessão desta segunda. No entanto, Givanildo não compareceu à Câmara.

Para que a cassação de Gabriel fosse aceita, 28 parlamentares precisavam ser favoráveis à proposta. O número não foi alcançado em nenhuma das cinco votações.

Nely acusou Gabriel de abuso de autoridade, agressões verbais à vereadora Flávia Borja (PP), ataques a parlamentares do PDT, supostos atos irregulares contra o vereador Marcos Crispim (Podemos). Ele foi acusado, também, de possível interferência nos trabalhos de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Lagoa da Pampulha.


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