Governo Federal reconhece situação de emergência em Maceió

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, reconheceu nesta sexta-feira (1) a situação de emergência em Maceió, que corre risco iminente de abertura de crateras por conta da possibilidade de colapso de uma mina de exploração de sal-gema, explorada pela Braskem. Em entrevista à CNN Brasil, Waldez Góes afirmou que a decisão já foi encaminhada para publicação em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira. “Nós estamos em uma sinergia muito forte: município, estado de Alagoas e governo federal, com uma diversidade de órgãos participando, atento às informações de monitoramento, melhorando as informações para o plano de contingência, caso venha a ocorrer mais um desastre”, destacou o ministro.

O ministro informou que o governo federal foi acionado na quarta-feira, pela manhã, pelos governos municipal de Maceió e estadual de Alagoas, além de líderes do Congresso Nacional, como o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é o líder da Maioria, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O governo federal montou um plano de contingência para atuar na capital alagoana, em caso de abertura de crateras.”Não está descartado ocorrer mais um episódio, mas há indicativo de desacelerar as rachaduras”, afirmou Góes.

Segundo informações do governo de Alagoas, cinco abalos sísmicos foram registrados, em novembro. O governo teme que um possível desabamento possa ocasionar a formação de crateras gigantes. Cerca de 40 mil pessoas, que vivem em cinco bairros, tiveram que deixar suas casas devido ao risco de abertura de crateras.

A comitiva federal no estado conta com representantes dos Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, das Cidades, de Minas e Energia, dos Transportes, além de técnicos do Serviço Geológico do Brasil e da Defesa Civil Nacional.

De acordo com a Defesa Civil de Maceió, uma das minas da Braskem está sob risco iminente de colapso, o que pode provocar a abertura de uma cratera gigante. A prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por 180 dias.