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'Estamos próximos ao abismo', diz morador de bairro vizinho ao que pode afundar em Maceió

Apesar da diminuição na velocidade do afundamento, o Ministério de Minas e Energia observa que a situação ainda demanda atenção

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Os moradores vêm pedindo a inclusão no Mapa de Risco da Defesa Civil que garante a realocação das famílias

Quem mora no Bom Parto, em Maceió, sofre com noites em claro devido ao risco de colapso da mina da Braskem, no Mutange. “Estamos próximos ao abismo. Se houver o colapso, arrastará meio mundo de gente”, contou à Itatiaia um morador do bairro que fica a apenas um quilômetro do local que está sob alerta. Para os técnicos, não há risco para a população que vive lá.

Mais de 14 mil imóveis já foram desocupados na região desde que o problema começou, em 2018. Cinco bairros da capital alagoana são afetados pelo risco de afundamento pela extração de sal-gema pela Braskem.

Rosineide Cavalcante, que tem uma lojinha na entrada da casa onde mora, disse que sofre com a ansiedade. “Está muito difícil, a gente vive apreensivo. Eles dizem que já tiraram todo mundo, mas não tiraram o pessoal Bom Parto. São vidas aqui”, acrescentou.

Nesse domingo (3), o Ministério de Minas e Energia divulgou um relatório onde aponta que o afundamento do solo em Maceió deverá ter menos impactos do que o previsto. A capital de Alagoas está em estado de emergência devido à instabilidade de uma mina da empresa Braskem.

Segundo o relatório, a situação no bairro de Mutange, onde o solo na área de atividade da mineradora Braskem vem cedendo nas últimas semanas, é de estabilização. Caso ocorra algum desabamento, a situação deverá ser ‘localizada’ nesta região. No documento, o Ministério afirma que houve redução da probabilidade de deslocamentos de terra de larga escala.

"Observa-se estabilização da situação, com redução do ritmo de subsidência do terreno e redução da probabilidade de deslocamentos de terra de larga escala", informou a pasta.

Especialistas consultados pelo ministério apontam que houve redução da velocidade do deslocamento de terra entre novembro, quando o afundamento registrado era de 50 cm por dia, até sábado, quando esse número caiu para 15 cm por dia.

Apesar da diminuição na velocidade do afundamento, a pasta observa que a situação ainda demanda atenção.


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