Em evento do PL, Bolsonaro pede votos contra indicação de Dino ao STF

Em um evento de lançamento do PL 60+, uma diretoria do Partido Liberal voltada para o público idoso, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que ocupa o cargo de presidente de honra da legenda, fez críticas à indicação do Ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal. E, sem citar Dino, fez um apelo para os senadores do partido que vão analisar a indicação do ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 13 de dezembro.

“Temos outras coisas importantes que vão passar, em especial, pelo Senado, que são votações que pesem ser secretas, mas a consciência daquela pessoa tem que falar mais alto, para decidir seu voto e se tal pessoa merece ou não tal função, porque todos nós pagamos as contas dos nossos atos”, disse o ex-presidente.

Após o evento, agora citando diretamente Dino, o filho de Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse que já há uma articulação do partido para que a indicação ao STF seja rejeitada.

“Uma coisa que eu percebo no Senado é o receio de todos com relação, em especial a quem se candidata a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, alguém que trata a política como ele trata: perseguindo adversários. Então eu acho que haverá muita dificuldade de passar no Senado, já começamos a contar votos e vamos ver como vai se desenrolar essa indicação no Senado”, disse Flávio, que não revelou quantos votos o grupo de oposição já teria até o momento.

A sabatina de Flávio Dino está marcada para acontecer no dia 13 de dezembro, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Para que as indicações sejam aprovadas é necessário obter a maioria simples na Comissão, ou seja, mais da metade dos votos dos presentes. A CCJ é composta por 27 senadores - ou seja, se todos estiverem presentes, são necessários 14 votos para aprovar a escolha do presidente.

Além de Dino, o presidente Lula também indicou, nessa segunda-feira (27), o subprocurador Paulo Gonet para o cargo de procurador-geral da República. A escolha também será apreciada no Senado, no dia 13 de dezembro, a partir de uma sabatina.