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Flávio Dino repete argumento de falta de segurança e se ausenta novamente de comissão na Câmara

Ministro da Justiça, Flávio Dino, faltou à Comissão de Segurança Pública pela terceira vez e recorreu ao presidente da Câmara, Arthur Lira, para pedir que seja feita comissão-geral no plenário

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Ministro da Justiça, Flávio Dino, alegou falta de segurança para se ausentar da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados

O ministro da Justiça, Flávio Dino, recorreu ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para justificar a ausência na Comissão de Segurança Pública, onde era aguardado nesta terça-feira pela manhã. Esta é a terceira ocasião em que o ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se ausenta de uma audiência na comissão no período aproximado de um mês e dez dias. O argumento usado por Flávio Dino para não ir à sessão é o mesmo indicado nos episódios anteriores: falta de segurança e risco à integridade física e moral do ministro.

No ofício disparado à presidência da Câmara, Dino afirmou que se sente ameaçado pelos membros da Comissão de Segurança, majoritariamente composta por parlamentares da oposição. Ele cita declarações feitas em sessões anteriores por alguns dos deputados — Gilvan da Federal (PL-ES), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Sargento Fahur (PSD-PR) e Gilberto Silva (PL-PB), entre eles. Aliás, o ministro ressalta que, em uma das audiências, Sargento Fahur disse: "Flávio Dino, venha tomar minha arma se você é homem". "É verossímil pensar que eles [membros da comissão] andam armados, o que configura uma grave ameaça à minha integridade física se eu comparecesse à audiência", escreveu Dino.

Ainda no documento entregue a Lira, o ministro sugere que seja feita uma comissão-geral no plenário da Câmara dos Deputados e argumenta que, nesse espaço, a segurança dele seria garantida pelo presidente da Casa, e ali poderia responder às muitas comissões que exigem a presença dele.

Dama do tráfico. Os parlamentares requerem a presença de Flávio Dino para o ministro dar explicações sobre uma longa lista de temas: novo decreto de armas, operações da Polícia Federal, atos violentos do 8 de janeiro e orçamento de 2024, para citar alguns. Para a sessão desta terça-feira, os deputados também protocolaram pedidos de explicação sobre a ida de Luciane Barbosa Faria, a 'dama do tráfico', aos gabinetes dos secretários de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, e Políticas Penais, Rafael Velasco, no Palácio da Justiça. A mulher é casada com Clemilson dos Santos Faria, o 'Tio Patinhas', líder do Comando Vermelho, no Amazonas. À frente de uma ONG que presta assistência às famílias das pessoas privadas de liberdade, Luciane esteve em duas ocasiões no Ministério da Justiça.


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