Empregada brasileira leva Neymar à Justiça na França e cobra R$1,9 mi de indenização
Neymar teria mantido a doméstica trabalhando em sua mansão sem registrá-la de janeiro de 2021 a outubro de 2022
A imagem de Neymar na França pode ficar ainda pior. Isso porque uma empregada doméstica brasileira, de 35 anos, o acusa de ter a mantido trabalhando ilegalmente sete dias por semana, por mais de um ano, na mansão do craque na França, enquanto estava no PSG. A mulher, que estava no país sem documentação, fazia jornadas exaustivas na casa do craque, sem receber nenhum benefício. Agora, ela cobra uma indenização de 368 mil euros (R$1,9 milhão, na cotação atual).
A informação é do jornal francês Le Parisien. Neymar teria mantido a doméstica trabalhando em sua mansão sem registrá-la, pagando-a em dinheiro, de janeiro de 2021 a outubro de 2022. Além da falta de registro, a empregada contou que trabalhava em 'ritmo infernal', grávida do quarto filho, sem receber nenhuma assistência financeira e médica.
A mulher contou, ainda, que foi obrigada a trabalhar até duas semanas antes do parto, que foi prematuro. Na França, a licença maternidade para mulheres a partir da quarta gravidez é de 26 semanas, oito antes da data do parto e 18 depois. Após o nascimento do bebê, a doméstica teve seu “acordo” rescindido, sem nenhuma notificação do jogador, mesmo que oralmente. Portanto, procurou a Justiça Francesa para denunciar o craque.
Entenda a história da doméstica na casa de Neymar
A empregada foi contratada por Neymar pela primeira vez em fevereiro de 2019, no aniversário de 27 anos do atacante. Ele precisava ampliar o quadro de funcionários para a festa, portanto, contratou a mulher como ajudante de cozinha, indicada por Mauro, um dos integrantes da comitiva do jogador. Depois dessa festa, ela foi chamada novamente para trabalhar para o atleta, em 2020.
Em janeiro de 2021, ela foi “contratada” para trabalhar integralmente na casa do atacante. Além dos serviços domésticos, ela fazia as unhas de Bruna Biancardi, namorada do atleta. Na intimação judicial, a doméstica cita uma subgerente de Neymar, chamada Isabel, que concretiza a ida da doméstica para a casa do jogador, mas somente de forma verbal.
Ela trabalhava nove horas diárias durante a semana, com seis horas a mais nas noites de sexta-feira e sábado. No domingo, atuava por sete horas diárias. A carga horária ultrapassa cerca de 20 horas em relação a jornada de trabalho convencional na França, mas a funcionária nunca foi paga pelas horas extras. Ela recebia 15 euros líquidos (R$79, na cotação atual) por hora de segunda a sábado, e 30 (R$158, na cotação atual) no domingo. No PSG, Neymar recebia cerca de 3,67 milhões de euros por mês (cerca de R$20,5 milhões na época).
A mulher não recebia comprovantes de pagamento, tampouco folgas e licenças remuneradas, mesmo grávida. No entanto, ela tinha todas as horas trabalhadas cuidadosamente anotadas por ela em um caderno.
Após o parto, a doméstica nunca mais teve contato com Neymar e nem teve seu acordo rescindido, mesmo que oralmente. Por estar sem trabalhar, a doméstica começou a passar dificuldades e, por isso, procurou o 'Secours populaire' e o 'Restos du coeur', duas instituições de caridade francesas, para abrigar-se com a família.
Em junho, antes que Neymar deixasse Paris para se mudar para a Arábia Saudita, os advogados da doméstica enviaram uma carta para o jogador, tentando chegar a um acordo, mas nunca obtiveram resposta. Por isso, decidiram ir à Justiça.
Ao Le Parisien, a assessoria de Neymar informou que não recebeu nenhuma notificação sobre o processo.
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