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Minas vive alta de casos com infecção simultânea por dengue e chikungunya, indica pesquisa

Estudo foi feito por pesquisadores da UFMG, em parceria com o laborátório Hermes Pardini

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Pesquisadores fazem alerta sobre o combate aos vetores

Em Minas Gerais, o número de casos de chikungunya é quase 7 vezes maior e o de dengue triplicou em relação ao ano passado. Isso é o que indicam pesquisadores da UFMG e Laboratório Hermes Pardini, que conduzem um estudo de vigilância dos casos de arboviroses no intuito de acompanhar o cenário epidemiológico. 

Além do crescimento, outro dado chamou atenção dos pesquisadores: o alto índice de casos de coinfecção no estado de Minas Gerais. Dentre as amostras analisadas pelo Hermes Pardini, 11% apresentaram a detecção simultânea dos dois vírus.

"São números altos e relevantes. Estes eventos de coinfecção ou infecção simultânea são eventos raros e pouco conhecidos. Existe uma possibilidade de o vírus da dengue 'ganhar a batalha' até pela diferença de carga viral, mas isso ainda é uma hipótese. A princípio, até onde se sabe, não há maiores riscos para o paciente", explicou a coordenadora Pesquisa e Desenvolvimento na Instituto Hermes Pardini, Danielle Zauli.

O estudo foi realizado em amostras positivas para a presença de arboviroses provenientes do diagnóstico sorológico (IgM) e molecular (antígeno e PCR) de cerca de 14 estados do país. O estudo comparou a taxa de positividade para arboviroses nos intervalos de 01 de janeiro a 29 de julho dos anos de 2022 e 2023, pico dos casos de arboviroses.

A reportagem da Itatiaia solicitou os números absolutos colhidos pela pesquisa, contudo, o Hermes Pardini informou que não é possível divulgá-los. Este ano, conforme o último boletim epidemiológico divulgado no dia 28 de agosto pela Secretaria de Estado de Saúde, são 388.665 casos prováveis de dengue. 274.988 foram confirmados e 172 mortes. Minas ainda soma 65.755 casos de chikungunya e 36 óbitos.

O que fazer

Segundo o levantamento, os altos índices de chuva, o aumento da densidade de mosquitos nos últimos anos e interrupção das campanhas de prevenção e controle de vetores decorrentes da pandemia de COVID-19 podem ter colaborado para cenário atual.

"Aumentar e manter as medidas de controle do vetor, o diagnóstico correto tanto clínico quanto laboratorial é importante, além do desenvolvimento de vacinas. Outro fator importante são os estudos de vigilância epidemiológica e genômica dos vírus que permite prevenir possíveis epidemias. As condições climáticas favorecem a prevalência do mosquito. Precisamos combatê-lo acima de tudo", finalizou.


 

 

 


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