Solo sobre mina da Braskem em Maceió já afundou 1,8 metros; veja imagens

O ritmo de afundamento do solo da mina 18 da Braskem, em Maceió, está diminuindo. Na sexta-feira (1°), a velocidade do deslocamento era de 2,6 cm por hora. Nesta segunda-feira (4), o ritmo esteve em 0,26 cm por hora, segundo informações da Defesa Civil da capital. O deslocamento vertical acumulado é de 1,8 metros.

Apesar da redução do ritmo, a cidade segue em alerta máximo. Por precaução, o órgão recomenda que a população não transita na área desocupada até uma nova atualização. De acordo com a Defesa Civil, medidas de controle e monitoramento estão sendo aplicadas para reduzir o perigo.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL-AL), divulgou um vídeo no sábado (2), assim que o ritmo de afundamento começou a diminuir. "Nós temos uma tendência de diminuição de afundamento naquela região”, disse. "Não podemos afirmar que vai estabilizar, mas esse é o caminho para a estabilização".

Desde sexta-feira (30), a equipe da Defesa Civil em Maceió trabalha com a possibilidade de o teto da mina 18 ter desabado.

"Como esse desplacamento pode já ter acontecido, é possível que a cavidade da mina já tenha sido preenchida. Então, pode ser que o colapso não aconteça. Mas ele pode acontecer também. A ciência da terra não é exata, quem manda é a natureza. Caso a mina colapse, deve acontecer um afundamento lento do solo, uma coisa mais gradual", disse Eduardo Bontempo, geólogo do órgão em entrevista à Itatiaia.

Imagens mostram aumento das rachaduras no solo

Na sexta-feira, imagens feitas pelo drone da TV Pajuçara mostram um aumento das rachaduras no solo do bairro Mutange, localizado em cima da mina afetada. As informações são do portal alagoano THN1.

No sábado, novas imagens revelam que o afundamento do solo se intensificou. Agora, a água da Lagoa de Mundaú (onde está 60% da mina) avançou sobre uma estrada que dá acesso ao posto mineração desativado pela Braskem. A diferença entre as duas imagens é de aproximadamente 16 horas.