O sol como protagonista social no Norte de Minas

Aproveitando o tema da nossa última coluna que fala sobre o Norte de Minas, quero trazer um exemplo de como existem oportunidades de desenvolvermos economicamente e socialmente regiões consideradas desafiadoras. Hoje, quero falar como o sol é capaz de mudar realidades de pessoas extremamente carentes daquela região, conhecida também, como o sertão mineiro.

Há algum tempo, conheci o André Carneiro, Diretor Comercial da Roi Energia, que me procurou para apresentar como o investimento em placas solares era uma ótima oportunidade para reduzir as desigualdades sociais e gerar oportunidades para as pessoas do Norte de Minas. E como todos vocês sabem, se é um projeto que “liberta” as pessoas de programas assistencialistas proporcionando as mesmas condições de gerirem suas vidas e progredirem economicamente, eu já me interesso!

Quem conhece as pequenas cidades do Norte de Minas sabe o tamanho da pobreza, carência, falta de oportunidades e invisibilidade que essas pessoas sofrem.

Olha que interessante: existem hoje famílias arrendando seus terrenos para que empresas possam instalar suas fazendas solares, o que gera para as mesmas contratos de em média 30 anos, em que pessoas que antes não tinham nenhuma renda passarão a receber um aluguel pelo uso do terreno.

Além disso, as empresas de painéis solares estão buscando parcerias para capacitação de mão de obra local que fará manutenção, instalação e limpeza das fazendas solares.

Ou seja, esses projetos geram o tão falado por aqui valor compartilhado, pois, implementam energia limpa cuidando do meio ambiente, reduzem desigualdades e geram oportunidades.

Recentemente foi inaugurado em Janaúba, cidade do Norte de Minas, com investimento na casa dos R$ 4 bilhões, o maior complexo de energia solar do Brasil. A fazenda solar é da empresa canadense Elera Renováveis e tem capacidade de gerar eletricidade para abastecer 1 milhão de residências.

É o sol trazendo desenvolvimento e esperança para milhões de pessoas!

E como o resultado tem sido cada vez mais favorável, bancos estaduais têm buscado apoiar esses empreendimentos, para se ter uma ideia, a empresa canadense obteve um financiamento de R$ 1,5 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e um de R$ 450 milhões do Banco do Nordeste (BNB).

Mas nem tudo são “flores” pois, as placas solares possuem em média uma duração de 25 anos e muitos questionam como todos esse lixo será descartado ou reciclado.

Na verdade, já existem formas de reciclar os painéis, mas sabemos que nem todas as empresas levam o tema tão a sério, por isso é fundamental políticas públicas que garantam o descarte e reciclagem corretos para que a solução de energia renovável não se torne um grande problema ambiental no futuro.

Mas se você não possui o interesse de criar a sua fazenda solar, saiba que você pode aderir a esse tipo de energia renovável na sua própria casa, além de diversos programas de descontos de luz através de empresas especializadas em compensação solar.

Para mim, já é uma alegria enorme pensar que estamos levando de alguma forma desenvolvimento social para o Norte de Minas!

E não se esqueça que na próxima semana dia 21 de Julho estarei junto com os voluntários da ONG Rede Solidária em mais uma missão dessa vez na cidade de Cristália no Norte de Minas.

Ajude doando uma cesta básica (R$89,00) através do pix da Rede Solidária

CNPJ: 37.197.947/0001-44