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'Nós não queremos apenas vender, nós queremos comprar', diz Lula sobre parceria com Arábia Saudita

Lula sugeriu cooperação entre os dois países na produção de fertilizantes para diminuir o impacto da guerra entre Russia e Ucrânia na agricultura mundial

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'Nós não queremos apenas vender, nós queremos comprar', diz Lula sobre parceria com Arábia Saudita

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante discurso de encerramento do Seminário Brasil-Arábia Saudita, nesta quarta-feira (29), em Riade, pediu ajuda da Arábia Saudita para realizar a Cúpula do G20, em 2024, e a COP30, em 2025, ambos os eventos serão realizados no Brasil. Em relação à questão climática, o governo brasileiro conta com investimentos do país árabe principalmente para transição energética. O Brasil busca financiamento para produção de energia limpa e renovável e a Arábia Saudita precisará de créditos de carbono para compensar a emissão de gases de efeito estufa por causa da produção de petróleo.

A parceria é considerara estratégica para os dois países. "Não é apenas saber quanto que o Fundo da Arábia Saudita pode investir no Brasil, mas saber também quanto que os empresários brasileiros podem investir. É essa Troca esse novo jeito de fazer política externa que pode mudar um pouco a fase do Comércio Mundial.[...] Nós não queremos apenas vender, nós queremos comprar", afirmou o presidente.

O presidente também sugeriu parceria entre os dois países na produção de fertilizantes para diminuir o impacto da guerra entre Russia e Ucrânia na agricultura mundial. "A gente poderia fazer, sabe, investimentos cruzados entre a nossa Petrobras e empresa da Arábia Saudita para produzir fertilizante. E dar uma garantia ao mundo com a incerteza criada pela guerra da Rússia na Ucrânia", sugeriu

Lula voltou a dizer que o Brasil deseja ser protagonista na produção de energia limpa e na transição enérgica. "Que daqui a 10 anos, o mundo vai dizer se a Arábia Saudita é o país mais importante na produção de petróleo de gás, daqui a 10 anos o Brasil será chamado Arábia Saudita da energia verde da energia renovável porque é para isso que nós estamos trabalhando", foi taxativo. E repetiu que até 2030, o Brasil quer acabar com o desmatamento na Amazônia e que o Brasil deve ser " o centro do mundo na produção de energia alternativa"

O presidente, mais uma vez, puxou a orelha dos ministros e disse estar "feliz" porque, ao invés de eles estarem nos gabinetes, estão buscando parcerias para o desenvolvimento do Brasil. "Não pense que eu gosto que vocês ficam nos gabinetes de vocês, porque cada ministro quando fica parado no gabinete, ele só recebe gente pedindo alguma coisa nunca aparece ninguém ofertando nada, então saiam, saiam para trabalhar saiam para vender os produtos que o Brasil tem e saiam para comprar os produtos dos outros que interessam ao Brasil", repreendeu.

Ao falar da Amazônia, o petista alfinetou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por ter mapear como deveria o perfil de população que vivem remotamente como comunidades amazônicas. "Lá (na Amazônia) tem a mais rica biodiversidade do planeta terra ainda totalmente deflorada, mas há também tem homens e mulheres que precisam sobreviver os nossos indígenas os nossos pescadores o nosso ribeirinhos pessoas que muitas vezes não aparecem nas pesquisas de opinião pública ou nos estudos feito pelo nosso Instituto de Geografia", afirmou.

Segundo Lula, o comercio bilateral entre os países deve ser ampliado. A estimativa saltar de R$ 8 bilhões por ano para R$ 20 bi até 2030. Para o presidente, o seminário realizado em Riade, vai mudar a história da relação entre os dois países, produzindo uma política mais ousada e mais corajosa que vai ser "exemplo", para o resto do mundo.


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