Ouça a rádio

Ouvindo...

AGU quer que condenados por bomba próximo ao Aeroporto de Brasília paguem R$ 15 milhões em indenização

Trio queria desencadear um estado de sítio e intervenção militar no fim de 2022

Compartilhar

Facebook Twitter LinkedIn WhatsApp
AGU quer que condenados por bomba próximo ao Aeroporto de Brasília paguem R$ 15 milhões em indenização
George Washington (na foto) levou o veículo de Belém até Brasília para a explosão

A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou, nesta quinta-feira (23/11), com uma ação civil pública na Justiça Federal do Distrito Federal para que os três condenados pela tentativa de explosão de um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília na véspera do Natal do ano passado paguem R$ 15 milhões de indenização por danos morais coletivos.

A ação foi elaborada pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD). Como fundamento, a ação reúne provas dos processos que resultaram nas condenações de Wellington Macedo de Souza, George Washington de Oliveira Souza e Alan Diego dos Santos Rodrigues. O trio está preso no Complexo Penitenciário da Papuda.

Além das provas, os procuradores juntaram o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que pediu o indiciamento deles por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado.

Na ação, a AGU destaca que, além de colocar em risco a vida, a integridade física e o patrimônio de outras pessoas na véspera do Natal, os extremistas agiram “com o objetivo de causar tamanha comoção social que desencadeasse a decretação de estado de sítio e intervenção militar, de modo a impedir o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, de assumir o cargo – afrontando, desta forma, um valor fundamental da sociedade brasileira: a própria democracia”.

Entenda o caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, se encontraram durante as manifestações contrárias ao resultado das eleições presidenciais, em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, quando decidiram planejar um atentado a bomba.

Para isso, George transportou, no dia 12/11/2022, em um automóvel, do Pará até Brasília, "diversas armas de fogo, acessórios e munições com o propósito de distribuir os armamentos a indivíduos dispostos a usá-los no cumprimento de seu intuito, garantir distúrbios sociais e evitar a propagação do comunismo", detalha o MPDF. Na viagem, George ainda trouxe dinamites. Em Brasília, em frente ao Quartel General, em 23/12/2022, George, Alan e Wellington e outros manifestantes não identificados "elaboraram o plano de utilização de artefato explosivo para detonação em lugares públicos."

Conforme detalha o Ministério Público, George montou e entregou o artefato explosivo a Alan, que, por sua vez, repassou-o a Wellington que iria executar o atentado. Assim, este último e outro indivíduo não identificado, foram até o Aeroporto de Brasília e colocaram a bomba no eixo traseiro de um caminhão-tanque que estava estacionado aguardando o momento de se aproximar da base aérea para ser desabastecido.

"O caminhão estava carregado de querosene de aviação e tinha capacidade para 60 mil litros. Antes, porém, que a bomba pudesse explodir, o motorista do caminhão-tanque percebeu a presença do artefato explosivo, retirou-o de perto do veículo e acionou a polícia."


Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular.  Clique aqui e se inscreva.

Leia Mais

Colunistas

Mais lidas do dia

Baixar o App da Itatiaia na Google Play
Baixar o App da Itatiaia na App Store

Av. Barão Homem de Melo, 2222 - Estoril Belo Horizonte, MG

T.(31)21053588