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Brasileiros podem trocar privacidade por benefícios, aponta estudo da KPMG

Levantamento indica, ainda, que 95% dos acessos à internet ocorrem pelo smartphone

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Brasileiros se preocupam com privacidade, mas podem trocá-la por benefícios

Privacidade e segurança da informação online têm sido discutidos com cada vez mais frequência, mas, mesmo assim, 47% dos usuários da internet concordam com o monitoramento de seus comportamentos na web. Isso porque podem obter benefícios com ele, como descontos e promoções.

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A conclusão é do estudo "Qual o futuro da proteção de dados no Brasil?", conduzido pela KPMG em parceria com a APPC. O levantamento ouviu 1 mil brasileiros de todas as regiões e classes sociais, com mais de 16 anos e graus de instrução fundamental, médio ou superior. 

Segundo a pesquisa, a conectividade dos brasileiros é móvel e contínua: 95% dos acessos à internet ocorrem por smartphones e, entre os usuários, 94% utilizam a web todos os dias e 6%, quase todos os dias. O primeiro fator de motivação de conexão é o acesso às redes sociais (85%). Em seguida, vêm fazer compras (68%), internet banking (66%) e assistir a filmes/séries (63%). Já os itens de menor preferência são trabalho (47%) e estudo (46%).

Apesar de 69% concordarem que redes sociais e websites não deveriam saber o que eles fazem online e 60% terem medo desse monitoramento, 40% preferem ser observados do que pagar pelo acesso às plataformas. Paralelamente, 59% permitem que um app conheça sua localização para escolher o melhor caminho e evitar o trânsito.

Marcos Fugita, sócio-líder de Managed Risk & Security Services da KPMG no Brasil, diz que as organizações têm buscado oferecer experiências cada vez melhores aos clientes para que a fidelização ocorra de forma natural ou preditiva. “Isso nos faz confiar em algoritmos que indicam as melhores decisões a serem tomadas", aponta.

Para 94% dos entrevistados, as propagandas têm algum nível de relação com seus hábitos de pesquisas ou com conversas mantidas perto dos dispositivos (79%). A percepção de estarem sendo monitorados, entretanto, não parece ter criado um sentimento de indignação: 30% continuam a usar redes em aparelhos normalmente e 37% apenas passaram a prestar mais atenção ao que falam. Em uma escala de 1 a 5, 88% deles indicaram notas 4 e 5 (as mais altas) de preocupação com exposição de dados.

Thiago Leme, sócio-diretor de Managed Risk & Security Services da KPMG no Brasil, lembra que exposições ou usos inadequados de dados podem ter impactos negativos. “Tudo isso faz a sociedade refletir sobre o uso de dados e causa desconforto sobre as fronteiras da nossa privacidade, principalmente em relação a informações que não gostaríamos de compartilhar."


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