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Vale tem até o fim da tarde para apresentar mancha de inundação de barragem em Mariana

ANM interditou três pilhas de rejeitos, mas descarta rompimento; moradores cobram psicólogo e ambulância na localidade

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Distrito de Santa Rita Durão seria atingido por enxurrada em caso de ruptura de pilhas

A mineradora Vale tem até 18h desta terça-feira (14) para apresentar à Agência Nacional de Mineração (ANM) um documento que mostre a mancha de inundação atualizada em caso de rompimento das pilhas de estéreis que foram interditadas na mina de Nova Fábrica, em Mariana, na região central de Minas. 

A mancha de inundação cadastrada atualmente não consideraria as pilhas que foram interditadas. O documento é responsável por apontar a área que seria atingida em caso de ruptura e, com isso, permite que os moradores sejam orientados sobre a saída de casa, rotas de fuga e treinamento de equipes de socorro.

Como a Itatiaia mostrou, na segunda-feira (13), as pilhas interditadas pela ANM são a PDE Permanente I, PDE Permanente II e PDE União Vertente Santa Rita após a Vale relatar instabilidade nas estruturas. Outras áreas da mina, no entanto, continuam em funcionamento.

Em caso de rompimento, o distrito de Santa Rita Durão, com 295 moradores, seria atingido pela água contida no dique. Segundo a Vale, não há barragem de rejeitos no local.

Vistoria

A reportagem da Itatiaia acompanha a movimentação na porta da mina de Fábrica Nova desde a tarde de segunda (13). As estruturas foram verificadas ontem e hoje por representantes do Ministério Público, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam) e da Agência Nacional de Mineração.

Com o trabalho in loco, as autoridades afastaram a possibilidade de rompimento das estruturas. A ANM informou que se reuniu com também com a associação de moradores de Santa Rita Durão para esclarecimentos.

A vistoria afastou, pelo menos por enquanto, a possibilidade de rompimento da estrutura e a possibilidade de retirada dos moradores.

Sem risco de ruptura

De acordo com a ANM, a Vale apresentou estudo preliminar apontando que "não há risco iminente de ruptura da pilha ou mesmo do dique a jusante". A Vale também informou à agência que, em caso de 'ruptura hipotética da pilha', os impactos 'considerando essa condição de falha são irrelevantes na área a jusante', ou seja, abaixo da estrutura.

Hoje, representantes da Defesa Civil, Bombeiros e da Vale estão em Santa Rita Durão para acalmar os moradores em relação à interdição da estrutura, que não corre risco iminente de rompimento.

Saúde

Na conversa, os moradores apresentaram demandas ao Ministério Público e à Vale. Entre eles, estão a colocação de ambulância no posto de saúde do distrito e de um psicólogo para atender a população. Jean Roberto da Costa Júnior, presidente da Associação de Moradores de Santa Rita Durão, explica o pedido dos moradores.

- Fizemos uma reunião na escola, para saber as demandas, e estamos escutando os moradores. Como melhorias, é o caso de uma ambulância, e de preparar pessoas da escola e do posto de saúde para receber quem pode ter necessidade. Vamos levantar isso para embasar um laudo do Ministério Público.

No início da tarde, as autoridades visitaram o posto de saúde do distrito de Santa Rita Durão e, em seguida, visitam moradores do bairro Campo, a área que seria a mais afetada em caso de rompimento das estruturas.


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