123milhas: Justiça desbloqueia R$ 23,5 milhões para pagar FGTS e salário de funcionários
Valor estava investido em ativos de renda fixa no Banco do Brasil e deve ser usado pela empresa para quitar despesas do cotidiano
A Justiça de Minas Gerais autorizou a 123milhas a resgatar mais de R$ 23 milhões que estavam aplicados em ativos de renda fixa no Banco do Brasil. O valor milionário deve ser usado pela agência de viagens para pagar salários, planos de saúde, FGTS e outras despesas do cotidiano da empresa.
A empresa entrou com o recurso na 21ª Câmara Cível de Belo Horizonte solicitando o desbloqueio de R$ 23.516.504,81 em CCB (Cédulas de Crédito Bancário) do Banco do Brasil. Segundo a 123milhas, os créditos foram amortizados ilegalmente pelo banco e o fato da empresa não ter acesso aos recursos poderia impedir o processo de recuperação judicial da agência, que precisa honrar suas obrigações.
De acordo com a 123milhas, o valor desbloqueado será utilizado “para honrar a folha de pagamento, planos de saúde, FGTS, condomínios e tantas outras despesas notórias do dia-a-dia.” A empresa alegou ter quase R$ 17 milhões em débitos que precisam ser pagos para os seus funcionários.
Por fim, a Justiça deferiu o pedido para que os R$ 23,5 milhões sejam levantados. O desembargador Alexandre Victor de Carvalho alertou que o valor só pode ser usado para pagar as obrigações citadas pelas 123milhas e, caso contrário, a empresa pode responder cível e criminalmente por possíveis irregularidades. A agência de viagens terá que prestar contas mensalmente aos peritos da recuperação judicial. A decisão foi assinada no dia 1º de novembro pelo
Crise na 123milhas
A agência de viagens 123milhas surpreendeu milhares de clientes no dia 18 de agosto, após anunciar o cancelamento de pacotes de viagens promocionais, que atraíam muitas pessoas pelo preço baixo. A decisão revoltou clientes e fez a empresa pular rapidamente para o 1º lugar no ranking de empresas mais “denunciadas” do portal ReclameAQUI.
No dia 29 de agosto, a 123milhas um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. No pedido, a empresa afirma que enfrenta a "pior crise financeira de sua história" e alega que "fatores internos e externos impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos". O pedido foi aceito pela Justiça no dia 31 de agosto. Confira os detalhes do pedido.
Advogados ouvidos pela Itatiaia afirmam que a empresa não pode oferecer apenas vouchers como forma de reembolso para os clientes e explicam que os consumidores têm o direito ao ressarcimento em dinheiro. Veja quais são os seus direitos.
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