Queijo Cabacinha passa a ser Patrimônio Cultural e Imaterial de Minas
A iguaria é produzida artesanalmente por 160 famílias do Vale do Jequitinhonha e recebeu esse nome devido ao formato, semelhante a uma cabaça, muito utilizada em artesanatos
Que o mineiro adora um queijo, disto ninguém tem dúvida. Mas além de ser apaixonado por esta iguaria, o mineiro sabe, como ninguém, produzir bons queijos. Não à toa, o Queijo Minas Artesanal já foi reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial Brasileiro. Os queijos mineiros têm conquistado medalhas de ouro em concursos internacionais, como o World Cheese Awards e o Salão Internacional do Queijo da França, país que é também famoso quando se fala neste produto. Mas agora, assim como aconteceu com o Queijo Minas Artesanal, o não menos tradicional queijo Cabacinha também ganhou o reconhecimento de Patrimônio Cultural e Imaterial de Minas Gerais.
A iguaria é produzida artesanalmente por 160 famílias do Vale do Jequitinhonha e recebeu esse nome devido ao formato, semelhante a uma cabaça, aquela peça originária do fruto de uma árvore milenar e que é muito utilizada em artesanatos.
Na verdade, o Cabacinha é reconhecido pelo Estado desde 2014, quando foi publicada a primeira portaria de identificação do Vale do Jequitinhonha como tradicionalmente produtora deste queijo. A produção nesta região remete a meados do Século XX e sua origem cultural ainda é estudada.
Tradição e estudos técnicos
Com a crescente valorização dos queijos mineiros, o Cabacinha também vem ganhando um destaque cada vez maior. E atualmente é matéria de trabalhos científicos que pesquisam desde os processos de fabricação, análises sensoriais, até a vivência e experiência de mestres queijeiros e comerciantes.
Desde 2021, a Epamig coordena pesquisas, em parceria com as universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de São João del-Rei (UFSJ), que irão subsidiar a caracterização do Queijo Cabacinha. Também são de competência da empresa estudos sobre o consumo seguro desses produtos.
Nesses estudos, técnicos da Emater-MG estão sendo treinados por pesquisadores da Epamig para coletas de amostras da água, do soro-fermento, da massa fermentada e massa filada e do queijo. O objetivo é garantir a qualidade do Queijo Cabacinha, já que existem produtores com queijarias bem avançadas em infraestrutura, atendendo às boas práticas de fabricação, mas existem também produtores que ainda têm uma infraestrutura precária.
Após a conclusão e publicação do estudo será possível elucidar dúvidas sobre o modo de fazer tradicional da iguaria. A partir daí, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) vai elaborar o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Queijo Cabacinha. Esse documento fixa a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que o produto deve cumprir.
Enquanto isto, os produtores do Queijo Cabacinha, tradicional no Vale do Jequitinhonha, comemoram a lei sancionada pelo Governo de Minas que considera a iguaria, Patrimônio Cultural e Imaterial Mineiro. Mas também os apreciadores do Cabacinha têm o que festejar, já que com este reconhecimento e estudos, este tradicional queijo vai ganhar cada vez mais destaque, preservação e qualidade.
(Com informações da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais)
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