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A genialidade e espírito empreendedor do mineiro Santos Dumont, além da aviação.

O 14 Bis foi sua mais famosa criação, mas Santos Dumont foi autor de outros projetos inovadores para sua época como o relógio de pulso, o chuveiro de água quente e móveis multiuso.

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O primeiro voo do 14-Bis

Este ano, quando o Brasil e o mundo comemoram os 150 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, os feitos deste mineiro genial estão sendo descobertos por aqueles que só o imaginavam como o Pai da Aviação.

Segundo conta a história, quando criança, o garoto Alberto gostava da brincadeira conhecida como “Passarinho Voa”. Numa roda de amigos, alguém pergunta: “Passarinho voa?”, e todos respondem: “Sim!”. E a meninada continuava: “Abelha voa?”, “Galinha voa?”, “Cachorro voa?”. Neste momento, se alguém respondia sim, pagava uma prenda. Certo dia, alguém perguntou: “Homem voa?” e Santos Dumont cravou: “Sim!”, para espanto de todos. E antes que lhe cobrassem a prenda, ele provocou: “Vocês não leram Júlio Verne?” E começou a desfiar todas as aventuras dos clássicos da literatura universal, como Cinco Semanas num Balão, Viagem ao Centro da Terra e Vinte Mil Léguas Submarinas.

Tempos depois, aos 18 anos, Santos Dumont foi para Paris estudar engenharia. E em 1905, às margens do rio Sena, acompanhando uma corrida de lanchas, observou que o motor da embarcação poderia ser um gerador de potência, que permitiria a autopropulsão daquilo que ele já imaginava em sua cabeça e que viria a ser mais tarde, o 14-Bis.

Levando o sonho adiante, o mineiro prosseguiu com os projetos de sua máquina de voar e em 1909, decolou em seu avião Demoiselle (Donzela), um dos primeiros aeroplanos do mundo, parecido com um ultraleve. Num período de dez anos, ele desenvolveu 22 máquinas voadoras, como balões, dirigíveis e aeroplanos. O reconhecimento máximo veio com o 14 Bis, com seu pioneiro vôo no Campo de Bagatelle, em Paris, em 23 de outubro de 1906. Dono, já naquela época de espírito empreendedor, Santos Dumont se recusou a patentear suas invenções. Ao contrário, colocou à disposição de quem quisesse reproduzi-las. Por essa razão, Demoiselle é considerada a primeira aeronave a ser fabricada em série, resultando em mais de 40 exemplares.

Do relógio de pulso ao chuveiro de água quente

Apaixonado pela inovação, Santos Dumont realmente enxergava além do seu tempo. E falando em tempo, foi ele quem desenvolveu o relógio de pulso, já que com o relógio de bolso, usado à época, Santos Dumont não conseguia pilotar e cronometrar o tempo de voo ao mesmo tempo. Bem relacionado na sociedade parisiense, ele pediu ao amigo e joalheiro Louis Cartier, que executasse seu projeto. Apresentou, então, um quadrado com pulseira de couro para ser colocado no pulso. Nascia aí, o relógio de pulso.

E com seu espírito visionário projetou ainda o primeiro hangar, estrutura que se tornou essencial para a indústria aeronáutica. Outra invenção deste mineiro fantástico foi o chuveiro de água quente, desenvolvido na sua casa de verão em Petrópolis (RJ) conhecida como "A Encantada". A casa, que hoje abriga um museu, por si só já é inovadora. Foi projetada pelo próprio aviador em 1918, após o desafio de amigos que diziam não ser possível construir uma casa naquele pequeno espaço de um terreno íngreme. Dentre algumas curiosidades, a escada de entrada, com degraus em forma de raquete, só pode ser acessada começando com o pé direito. Outros exemplos de inovação são os móveis multiuso, uma novidade para aquela época, A escrivaninha, por exemplo, servia como cama à noite.

Além da oficina e laboratório, um dos locais que Santos Dumont mais apreciava na casa, era o terraço, que possuía um observatório onde o inventor gostava de ficar para ver os astros. Mal sabia ele que, décadas depois, em 1973, numa homenagem pelo centenário de seu nascimento, a União Astronômica Internacional batizaria de Santos Dumont uma cratera existente na Lua. Com 8,8 quilômetros de diâmetro, a cratera Santos Dumont fica a 54 quilômetros do local de chegada da missão Apollo 15, responsável pelo quarto pouso na Lua, em 1971, um feito que nosso mineiro genial, certamente gostaria de ter parfticipado.

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