Richarlyson comenta morte de torcedora do Palmeiras e cobra: 'Precisam parar o campeonato'
Comentarista e ex-jogador repudiou a violência no confronto entre as torcidas de Palmeiras e Flamengo
Richarlyson, comentarista do Sportv, comentou, no programa ''Tá na Área", sobre o falecimento de uma torcedora do Palmeiras, no último sábado (8), quando ocorreu um confronto contra a torcida do Flamengo, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
O ex-jogador afirmou que a situação ultrapassa a esfera da naturalidade e repudiou os atos violentos que se tornaram recorrentes no futebol brasileiro. “A culpa é de todos. Partindo do ser humano, que ele sai da esfera de que o esporte era aquela coisa de emoção, de respeito, de torcer, para algo muito grave.
"A gente pega o recorte desse jogo contra o Palmeiras e é inadmissível. Uma briga de garrafas, voando para um lado e para o outro, como se fosse normal. Só porque eu torço para fulano e ela torce para ciclano. Não é uma coisa individual, que também é errado, mas não tem nada mais que isso. É doença. Passa da esfera da naturalidade para uma coisa que é muito absurda”, completou.
Impunidade
Richarlyson criticou a falta de consciência dos torcedores, assim como a impunidade após as tragédias. Para o comentarista, atualmente há um nível maior de negligência por parte das pessoas que frequentam os estádios.
"Aí está a educação particular de que eu sei o que posso fazer, o que eu vou fazer no estádio, mas não tem mais isso. Hoje você vê pessoas indo para o estádio já aptas para brigar. Elas não vão nem para ver o jogo, já estão marcando semanas antes que vão pegar fulano, isso é um absurdo. Vidas são ceifadas e fica por isso mesmo”, criticou.
“Esse indivíduo, quanto anos será que ele vai pegar de prisão? E mesmo que ele pegasse 100 anos, a família dessa jovem, quantos anos vai ter essa dor no coração?", questionou.
O comentarista relembrou que os casos de violências se fazem presentes nos estádios há muitas décadas afirmou que a situação era uma "tragédia anunciada". Richarlyson encerrou defendendo que os jogadores tomem uma atitude e, inclusive, defendam a paralisação do Campeonato Brasileiro.
“É uma tragédia anunciada há 20, 30 anos, não é de hoje. E ninguém faz nada para que isso pare. Desculpa o meu desabafo, atletas profissionais, se vocês não tomarem partido e parar com o campeonato, vidas vão ser mortas. Vocês estão correndo risco como aconteceu com a Gabriela. Pensem direito, familiares seus estão correndo risco, aconteceu com vários jogadores que saíram de clubes porque famílias foram ameaçadas. Só vocês podem resolver esta situação”, concluiu.
Entenda o caso
Gabriela Anelli, de 23 anos, estava internada na Santa Casa, em São Paulo, após ser socorrida em meio à briga de torcidas do Flamengo e Palmeiras. A jovem sofreu duas paradas cardíacas após ser atingida por uma garrafa na região do pescoço, segundo informações dos familiares.
"Obrigado a todos que oraram pela minha irmã. Mas ela foi morar com o papai do céu. Tem coisas que acontecem que estão além do nosso limite do entendimento. Sei o quanto você lutou cada segundo e você de fato sempre foi uma guerreira. Olhe por nós do céu e proteja nossa família", postou Felipe Marchiano, irmão de Gabriela, na manhã desta segunda (10).
A jovem estava na fila do Allianz Parque para entrar no estádio quando uma briga entre torcedores organizados de Palmeiras e Flamengo começou.
"A dor da família é imensurável. Não dá para acreditar em tanta maldade nesse mundo e a Justiça tão falha nesse Brasil. Nossa família não merece passar por esse luto", postou nas redes sociais uma prima de Gabriela.
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