Cúpula Social do Mercosul discute integração e política de gênero

Nos dias que antecedem a reunião de cúpula de líderes do Mercosul, o Rio realiza a Cúpula Social, um evento com destaque para a participação social na agenda internacional em que a sociedade civil discute a participação de membros da sociedade na democracia e nos desafios da região. A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, destacou a importância de combater a violência política contra as mulheres, as desigualdades e de implementar uma política de cuidado. "No campo das mulheres, nós temos o desafio de combater a misoginia, discutir o ódio contra as mulheres que tem fortalecido cada vez mais o feminicídio e a violência sexual em toda a região. Não é um problema do Brasil. É um problema do Brasil, do Paraguai, do Uruguai, da Argentina, mas é também dos países que participam como Chile e Peru", afirmou.

A cerimônia trouxe ainda discussões sobre agricultura familiar, combate às desigualdades sociais e intensificação do processo de integração regional dos membros do bloco.

O encontro foi retomado de forma presencial, depois de 7 anos, pela presidência rotativa assumida pelo Brasil no mês de dezembro e que terá duração de seis meses. A abertura do evento teve a presença ainda da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, do prefeito do Rio, Eduardo Paes, da secretária-executiva da Secretaria-Geral da Presidência da República, Maria Fernanda Ramos e do deputado Arlindo Chinaglia, representante do Brasil no Parlasul - o Parlamento do Mercosul.

O evento acontece nos dias 4 e 5 de dezembro na capital fluminense e antecede a Cúpula de Líderes do Mercosul - reunião de autoridades e chefes de Estado para discutir iniciativas para a integração e desenvolvimento da região.

A Cúpula Social conta com cerca de 300 representantes de organizações e movimentos da sociedade civil no encontro, além de autoridades dos países membros e associados do bloco econômico.