Câmara de BH adia votação que pode derrubar veto a tarifa zero aos domingos

Os integrantes da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) resolveram adiar a análise do veto do prefeito Fuad Noman (PSD) à concessão de tarifa zero nos ônibus aos domingos e feriados. Foi postergada, também, a votação que poderia derrubar o veto do Executivo ao repasse, aos permissionários do transporte suplementar, de 10% do subsídio de R$ 512,8 milhões entregue às empresas que gerem os coletivos convencionais. A análise dos dois vetos estava prevista para ocorrer nesta quarta-feira (12).

A ideia é que uma comitiva de vereadores marque uma conversa com Fuad para tratar dos vetos. O grupo será composto pelo presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (sem partido), pelo líder do governo no Legislativo, Bruno Miranda (PDT), e por Irlan Melo, do Patriota.

Segundo soube a Itatiaia, o acordo foi costurado em meio a incerteza sobre haver, ou não, número suficiente de votos para derrubar os vetos. Para anular atos do tipo, é preciso que ao menos 25 dos 41 vereadores concordem.

Pouco depois das 16h30, Gabriel Azevedo pediu a recontagem do número de parlamentares presentes ao plenário. A chamada atestou que não havia vereadores suficientes para a continuidade da reunião. O encontro, então, foi encerrado sem tratar dos vetos.

Subsídio e redução da tarifa

O aporte público de R$ 512,8 milhões viabilizou a redução, de R$ 6 para R$ 4,50, da tarifa-base dos ônibus que circulam em BH. O reajuste de R$ 1,50 começou em abril.

Para bancar a tarifa zero, seria necessário fornecer mais R$ 25 milhões às empresas de ônibus. Ao vetar a proposta, Fuad alegou que a ideia interfere no contrato estabelecido entre o poder público e os concessionários do setor.