Palmeiras: Abel faz críticas duras ao gramado do Allianz: 'Tem que trocar'

O Palmeiras colocou as duas mão na taça da Série A do Campeonato Brasileiro neste domingo (3) após vencer o Fluminense por 1 a 0 no Allianz Parque, em São Paulo, pela 37ª rodada da competição. Depois da vitória, Abel Ferreira tratou de criticar o gramado sintético do Allianz Parque, e exigiu a troca para os próximos compromissos.

• Siga os novos canais de esporte da Itatiaia: Youtube, Twitter, Instagram, Threads e Facebook.

"Já que dizem que sou chato, digo que este gramado tem que ser trocado urgentemente. Não quero saber quem vai pagar, se a WTorre ou o Palmeiras, não quero saber. Este gramado não está em condições de continuar a jogar futebol, neste momento é um risco para lesões de jogadores. Se eu tivesse no lugar do Diniz, teria feito exatamente o que ele fez", desabafou Abel após a vitória.

Como é de costume, o Verdão pressionou o Fluminense desde o começo do jogo no Allianz. Apoiado por 30 mil palmeirenses, o time trabalhou nas transições do Fluminense, encontrou espaços nos erros de saída de bola e marcou três vezes com Breno Lopes, com apenas um dos gols validado.

Fernando Diniz fez substituições e entrou com "time misto" com receio do gramado artificial do Allianz impactar na saúde física dos jogadores antes da disputa do Mundial de Clubes de 2023.

"Espero que no próximo ano troquem este gramado, que seja como estava quando eu cheguei. Atrás de uma crítica tem que vir um elogio, porque é assim, então agradeço nossa direção e à WTorre, que acharam uma solução para jogarmos na nossa casa, nosso chiqueiro, onde temos que jogar. Só me sinto em casa aqui, em outros lugares é como jogar fora. É o que tenho a dizer. Vai uns elogios no meio e umas exigências, mas este gramado precisa ser trocado urgentemente", reclamou.

Segundo informações do jornal Sport, da Espanha, Abel Ferreira pode deixar o Palmeiras ao final da temporada de 2023. A publicação espanhola informou negociações avançadas do técnico palmeirense com o Al Sadd, do Catar. Na coletiva, Abel desconversou, comentando sobre planejamentos do Verdão para 2024.

Shows impediram rodadas no Allianz

O Palmeiras voltou a mandar um jogo no Allianz Parque na última quarta-feira (29) após mais de um mês sem atuar em casa. Mandante por duas rodadas na Arena Barueri por causa de shows realizados no Allianz, o Verdão não recebia jogos em casa desde o final de outubro.

"Cícero (Souza, gerente de futebol) sabe como sou exigente. Se querem melhorar as condições do futebol brasileiro, há duas coisas que urge fazer: descanso mínimo de três dias para jogar no quarto, e a qualidade do gramado, sintético ou não. Este gramado (quando está) top, é bom. O Palmeiras não consegue ter aqui um gramado natural, porque entendo que os shows são, sim, uma receita. Se perguntarem, é claro que prefiro o gramado natural, mas não dá para ter aqui", avaliou Abel.

Antes da sequência de dois jogos em casa, a última partida em que o Palmeiras havia atuado como mandante no Allianz Parque havia sido no dia 28 de outubro, contra o Bahia, na vitória por 1 a 0. O estádio, que tem controle de shows realizados pela WTorre, construtora que detém os direitos por 30 anos desde 2014, recebeu eventos diversos que movimentaram São Paulo no mês de novembro.

"O que não podemos é ter um gramado cheio de coisinhas do espetáculo que fizeram da Taylor Swift, a quantidade de bebidas e tudo mais que deve cair ali dentro. O futebol brasileiro é muito intenso e exigente, e os espetáculos também. Se eram dez anos de garantia, isso então era na Holanda, onde jogam a cada 15 dias sem a poluição de São Paulo, os espetáculos daqui, os jogos todos aqui. Infelizmente a garantia não é de dez anos. Não tem mais como jogar aqui. Se jogar, vêm as lesões. Se vierem as lesões, eu avisei", finalizou Abel.