Vídeo mostra porteiro arrastando Victor Meyniel após agressões: 'me tirou, porque eu estava atrapalhando a passagem'

Novas imagens revelam que o porteiro Gilmar José Agostini arrastou o ator Victor Meyniel, após ele ser espancado, na manhã do dia 2 de setembro, pelo estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre. O vídeo flagrado pelas câmeras de segurança do prédio mostra a discussão entre Yuri e Victor, as agressões e o momento em que o porteiro tira o ator do chão.

Em entrevista ao Jornal O Globo, Victor firmou que Gilmar não o ajudou. "O porteiro ficou olhando Yuri me espancar e não ajudou. Ele até abriu o portão para ele passar e ir à academia. Sozinho, tentei me levantar e chamar a polícia. Até perguntei por que o porteiro não quis me ajudar", contou.

De acordo com o ator, Gilmar o teria 'arrastado' após as agressões. "Enquanto estava caído, quase desacordado, o porteiro segurou a minha mão e me arrastou porque eu estava atrapalhando a passagem", desabafou.

Porteiro alega ter ajudado o ator

Em depoimento à Polícia Civil, Gilmar afirmou que prestou socorro ao ator, alguns minutos depois das agressões. Ele disse que interfonou para o síndico para relatar o ocorrido e que acionou a polícia. Victor questiona a versão do porteiro e afirma que foi ele quem ligou para a PM.

Gilmar José Agostini também teria dito à Polícia que "não gosta de se meter na vida dos outros nem dos vizinhos". Na última segunda, o porteiro foi autuado por omissão de socorro pela delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP, em Copacabana.

Relembre o caso

O ator e influenciador Victor Meyniel, de 26 anos, foi espancado na portaria de um prédio em Copacabana, no último sábado (2). A agência do ator afirma se tratar de um crime de homofobia.

Ele teria conhecido o agressor em uma boate na zona sul do Rio de Janeiro. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que o estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre espanca Victor. O vídeo mostra o porteiro sentado e tomando café enquanto o ator era agredido.

A Polícia Civil informou que o agressor foi preso e autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal, injúria por preconceito e falsidade ideológica. O porteiro foi autuado por omissão de socorro.