Adeus a MC Marcinho: MC Koringa e Buchecha cantam 'Glamurosa' em homenagem ao cantor

Sob muita emoção, Buchecha e MC Koringa cantaram "Glamurosa", hit de MC Marcinho dedicado à Xuxa, em frente ao Crematório e Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro, onde o cantor foi velado até às 14h deste domingo (27). O espaço foi aberto para fãs até 13h.

Durante o momento, Buchecha ficou bastante emocionado e não conseguiu continuar cantando. Vale lembrar que ele e Marcinho foram precursores do funk Melody, que costuma ter letras mais românticas e com menos ou nenhum apelo sexual.

Além da dupla, muitos famosos passaram pelo local, como Regina Casé e Tati Quebra Barraco. A atriz comentou que ficou feliz com a repercussão do nome de Marcinho na mídia, mas que ele “merece muito mais”. “Ele tem que ser dimensionado como uma coisa muito maior, muita gente ama o Marcinho, mas muita gente não sabe a importância que ele tem. Então eu fiz questão de estar aqui hoje e em todas as matérias que me pediram para fazer [...] O Marcinho é gigante”.

Tati confessa que está sendo bastante difícil, mas precisou estar presente. "O momento é esse de tristeza, o máximo que eu posso fazer é... A gente não sabe o que falar para a família, mas eu acho que Tati Quebra Barraco tinha que estar aqui e eu tô aqui", disse.

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Hits

Nascido em Duque de Caxias, no Rio, Marcinho recebeu o apelido ainda na adolescência. No início da década de 90, ele começou a cantar na “Furacão 2000”, produtora que popularizou o ritmo e fez com que o Brasil descobrisse diversos talentos. À época, ele conquistou o público com o “Rap do Solitário”.

Depois, o cantor lançou os álbuns “Porque te amo” (1997) e “Sempre solitário” (1998), que logo fizeram com que ele explodisse. As rimas, as batidas e as letras românticas atraíram uma multidão de fãs. Não faltou muito para que o artista assumisse o mesmo patamar de Claudinho & Buchecha, uma das duplas de mais sucesso naquele período.

Além de cantor, Marcinho também se destacou pelas composições. “Princesa” (1997) e “Glamurosa” (1998) — grandes sucessos da carreira do artista — foram escritas por ele.

Em 2022, Marcinho lançou algumas canções, dentre elas, “Quero te levar” (com Lourena), “Desce travando” e “Salve favela” (com Babu Santana). No entanto, devido aos vários problemas cardíacos, ele precisou se distanciar dos palcos, mas sonhava em voltar em breve.

Neste ano, Marcinho tinha a intenção de lançar um projeto, que incluía convidados, para celebrar três décadas de carreira. Em uma publicação nas redes sociais, ele revelou também que estava preparando um documentário.

Morte

Ícone do funk carioca, o cantor MC Marcinho morreu aos 45 anos nesse sábado (26) após dois meses internado no Hospital Copa D'or, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada às 9h40 pela unidade de saúde.

“O Hospital Copa D’or confirma, com pesar, a morte da paciente Marcio André Nepomuceno Garcia na manhã deste sábado (26/8), às 9h10, em decorrência da falência múltipla de órgãos. O hospital se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda”, diz a nota.

O artista foi levado às pressas para a unidade de saúde no final de junho e, dias depois, submetido a uma cirurgia de implante de coração artificial. Desde julho, ele estava na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) à espera do transplante do órgão.

Na semana passada, o cantor apresentou piora no quadro clínico ao ter uma infecção generalizada, o que acabou impossibilitando o procedimento, já que o corpo dele não suportaria. Na sexta (25), o hospital informou que ele havia piorado consideravelmente e, no sábado, o falecimento do artista por falência múltipla de órgãos.

Com informações de Larissa Ricci