Giovanna Lancelotti relembra assédio enquanto gravava 'Gabriela'

A atriz Giovanna Lancelloti, conhecida por viver Paula no longa "Ricos de Amor", participou do podcast "Quem Pod, Pode" nessa terça-feira (1º) e deu detalhes sobre suas experiências ao fazer cenas de nudez. A artista confessou que durante as gravações da série Gabriela, de 2012, houve momentos em que se sentiu desconfortável ao contracenar com alguns atores.

O assunto virou pauta da conversa mediada por Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank, já que o próximo filme de Lancellotti, "O Lado Bom de Ser Traída", é um romance erótico e que terá muitas cenas de nudez. Questionada por Ewbank como tinha sido a experiência ao fazer o longa, a atriz respondeu que tinha sido tranquilo porque o ator com o qual contracena é um amigo de muito tempo, o que a deixou mais confortável.

"Graças a deus é o Leandro [Lima] que é muito meu amigo. Sou muito amiga da Flávia, esposa dele. Há mais de dez anos a gente é amigo, então não era uma coisa: 'ah, vou fazer com uma pessoa que eu não conheço'", contou. O ator que ficou conhecido por interpretar Levi em Pantanal vai viver Marco, interesse amoroso da personagem de Lancelloti, Babi, na produção da Netflix.

Lancelotti também frisou que na produção do longa as cenas de sexo eram bem planejadas para que atores se sentissem mais tranquilos e protegidos. "Em 'O Lado Bom Ser Traída' que a gente tinha uma preparadora de intimidade, que era a Maria Silva que, assim, eu não faria esse filme sem ela. (...) A gente coreografava as cenas, as cenas eram coreografadas, era uma dança. Eu sabia exatamente o que ia acontecer na cena inteira", disse a atriz.

Em um momento da conversa, Fernanda Paes Leme questionou se Lancellotti já havia feito algum outro papel em que tivesse que fazer cenas de nudez e a atriz relembrou do papel em "Gabriela". "Eu tinha 19 [anos], foi muito diferente. Foi muito estranho também, porque eu tinha 19 anos e a minha primeira cena de sexo, nua, foi com o Chico Dias, que é um super ator (...) e eu tive alguns perrengues com alguns parceiros durante a série.", relembrou.

A atriz disse que por ser uma época diferente e por não ter tanto direcionamento durante as cenas, às vezes, era difícil estabelecer limites com os colegas. "Em Gabriela [por não ter um direcionamento] era muito difícil você saber: 'ah, aqui ele já ta passando a mão em mim, isso não precisa estar na cena'. E como não tinham esses termos ainda [assédio sexual e assédio moral], eu não tinha no que me apegar e eu dizer alguma coisa e eu ser vista como antiprofissional. (...) O meu medo, na verdade, era eu falar alguma coisa e alguém falar comigo: 'Ué, mas isso faz parte da cena, você que não está acostumada, que não ta preparada para isso', entende?", contou Lancellotti.

Sob supervisão de Maria Clara Lacerda