Obra contra enchentes em BH vai levar água das chuvas na Via 710 para o Arrudas

Estrutura com mais de 800 metros de canalização deve evitar inundações do córrego Santa Inês, no bairro Boa Vista; Fuad Noman vê obras com otimismo

Por Clever Ribeiro, Célio Ribeiro

27/11/2023 às 14:49

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Prefeito de BH, Fuad Noman visitou local das obras

Belo Horizonte entrou no período chuvoso e as estruturas contra enchentes e alagamentos já começam a mostrar resultado, mesmo sem estarem 100% concluídas. Enquanto isso, outras obras já são realizadas pensando nos anos seguintes. Uma delas promete evitar inundações em bairros da região Leste de BH, levando o excesso de águas do córrego Santa Inês para o ribeirão Arrudas.

A obra de otimização do Sistema de Macrodrenagem do Córrego Santa Inês começou em maio e deve ser finalizada no primeiro semestre de 2024. São mais de 800 metros de canalização na Via 710 que vão levar a água das chuvas no bairro Boa Vista para o Arrudas, prevenindo novos alagamentos na região.

O prefeito Fuad Noman visitou o canteiro de obras nesta segunda-feira (27) e falou que o planejamento da prefeitura não foca apenas em combater enchentes em uma ou duas regiões, mas na cidade como um todo. Fuad classificou as obras de combate a enchentes como “um sonho da cidade inteira”.

“O córrego Santa Inês é um exemplo claro. Temos uma área que é inundada com a chuva, não consegue chegar no Arrudas e vai acumulando. O trabalho aqui é bem complexo, tubulões com quatro metros de diâmetro, para tirar a água lá de cima e levar para o Arrudas.”

BH está preparada para o período de chuvas?

Ao ser questionado se Belo Horizonte está preparada para o período de chuvas, Fuad Noman falou sobre a opinião “divergente” da equipe de engenharia e da Defesa Civil, afirmando que as equipes de resgate da capital mineira precisam estar preparadas para situações “fora da previsão”, como a registradas no Sul do Brasil neste ano.

“Os engenheiros falam que sim, a Defesa Civil fala que não. Os engenheiros estão fazendo todo o trabalho, mas nem tudo está pronto. A Defesa Civil tem que estar preparada para coisas fora da previsão. O que aconteceu em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul não tinham dimensão. Para engenharia, o que estamos fazendo aqui resolve o problema. Já a Defesa Civil fala que precisamos estar preparados caso uma situação excepcional venha.”