Professora investigada por falas racistas durante aula é afastada em MG: 'o traço não ajuda'
Educadora de Muzambinho também disse 'gordo é feio' e perguntou se os alunos acham pessoas com deficiência bonitas; suspeita dá aula de Humanidades
Uma professora de Muzambinho, na região Sul de Minas, se tornou alvo de investigação da Polícia Civil após ser gravada proferindo falas racistas e preconceituosas durante uma aula de Humanidades. A educadora foi afastada das atividades na última segunda-feira (4) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SEE).
Na ocasião, alunos da Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida registraram o momento em que ela faz comentários racistas e capacitistas, além de alegar que 'hoje é muito modinha falar de racismo'. Os comentários foram registrados na última segunda-feira (28/08), durante uma aula de Humanidades. Ouça o áudio:
"Tudo que é bonito é exaltado. A gente acha que tudo é preconceito, mas por exemplo, o gordo, gordura é feia. Tem pessoas mulatas que são bonitas, tem 'uns negro' muito bonito, mas você vai ver, os traços não ajudam, o cabelo não ajuda, entendeu? Então assim, o deficiente... a pessoa que é deficiente é bonita?", questiona a professora aos alunos.
Após a divulgação dos áudios, alunos, pais e professores chegaram a organizar uma manifestação de repúdio, e a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias dos crimes. Nos últimos dias alunos e funcionários da escola foram ouvidos pelos agentes. Nesta semana mais estudantes e professores devem prestar depoimento. De acordo com os jovens, as ações da professora já acontecem há algum tempo. A previsão é de que a investigada preste depoimento na próxima semana, ainda sem data definida.
Segundo a SEE/MG, a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Poços de Caldas está responsável pelo acompanhamento do caso e enviou uma equipe até Muzambinho para ouvir os envolvidos e elaborar um relatório. Depois disso, novas medidas cabíveis serão avaliadas e, se for o caso, tomadas.
“Importante reiterar também que a pasta repudia quaisquer atitudes, condutas e manifestações de discriminação racial ou étnico-racial, preconceito e racismo”, afirma a pasta na nota, que também informa que houve um registro de ocorrência na Polícia Militar.
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