Greve do metrô afeta cinco milhões de passageiros em São Paulo
Servidores protestam contra a privatização de serviços de saneamento e transporte; nove linhas de trem e metrô estão paradas nesta terça (28)
Cinco milhões de passageiros que dependem do metrô em São Paulo e na região metropolitana estão sem o transporte nesta terça-feira (28). Por causa da greve dos trabalhadores, nove linhas estão fechadas desde meia-noite, o que provoca transtornos em outros meios de transporte, como ônibus, carros de aplicativo e outras linhas ferroviárias.
Por volta das 14h da tarde desta terça-feira (28), apenas a Linha 15-Prata (monotrilho) do Metrô de São Paulo segue totalmente fechada. As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha estão operando parcialmente.
Ainda não há previsão de mudanças na operação para o horário de pico, entre 17h e 19h.
A greve unificada reúne metroviários, ferroviários, educadores e trabalhadores da Fundação Casa. O movimento é contra a privatização da Sabesp, empresa de saneamento, e também da CPTM. Esta é a terceira paralisação dos servidores desde o início do mandato do governador Tarciso de Freitas (Republicanos).
Decisão Judicial
O governador Tarcísio de Freitas cobrou nesta terça-feira (28) o cumprimento da decisão judicial que estabeleceu quantitativo mínimo para a operação do Metrô e da CPTM. Ele afirmou que o Estado pode acionar a categoria na Justiça.
"O caminho que temos para lidar com isso é o Judiciário. Procuramos individualizar a questão do cumprimento da decisão judicial para tornar mais claro e mostrar quem está cumprindo ou não", afirmou, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes.
A decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o funcionamento mínimo de 85% do contingente de trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô nos horários de pico. A determinação vale para os períodos das 4h às 10h e das 16h às 21h na CPTM, e das 6h às 9h e das 16h às 18h no Metrô. Até o momento, os percentuais não vêm sendo cumpridos pelo Sindicato dos Metroviários.
"O Judiciário aplica uma multa no sindicato, que alega que não tem dinheiro e não paga. Eles solenemente vêm desrespeitando as decisões. O Judiciário impôs um percentual e nós escalamos as pessoas para cumprir a decisão. Se elas não cumprirem, são passíveis de sanção", afirmou o governador Tarcísio.
O que dizem os sindicatos

Segundo José Faggian, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente, (Sintaema), o projeto de Lei que tramita na Alesp quer entregar às mãos da iniciativa privada a Sabesp. “Uma empresa lucrativa, bem avaliada, que presta um serviço de excelência com tarifas justas. O governador Tarcísio quer tornar deficitária essa empresa. Não podemos deixar que a Sabesp vire uma nova Enel”, afirmou o presidente.
Já Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, disse que foi proposto ao governador de SP o funcionamento dos trens com catracas liberadas, sem a cobrança de passagem.

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