Em meio a crise de energia, presidente da Enel no Brasil deixa o cargo

O presidente da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, deixou o cargo nesta quinta-feira (23). Cotugno estava à frente da empresa desde 2018. Seu sucessor será Antônio Scala, executivo com 18 anos de trajetória na própria Enel.

Segundo a nota enviada pela empresa, a saída de Cotugno foi definida em reuniões de Conselho das distribuidoras e da Enel Brasil em outubro desse ano.

A concessionária enfrenta uma crise no sistema de abastecimento de energia após uma sucessão de apagões. Durante a tempestade de 3 de novembro, que atingiu o estado de SP, mais de 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia - por até uma semana. A empresa é alvo duas CPI na Alesp e também na Câmara de SP.

Na despedida, a Enel disse que com Nicola Cotugno a empresa ampliou em 76% "a capacidade de geração eólica e solar" e se tornou "uma e mpresa 100% renovável no País".

Quem é o novo presidente da ENEL?

Antonio Scala entrou na Enel em 2009 como responsável de Gestão de Risco para Gerenciamento de Energia na Itália. Também atuou como Responsável de Desenvolvimento Industrial e de Serviços de Energia para o mercado residencial no País. Em seguida, ocupou a função de chefe de Planejamento e Controle de Global Trading e liderou a Enel Green Power na América do Sul. Formado em Administração de Empresas em 2002 em Roma, Scala atuou como Sócio Júnior na McKinsey & Company com foco nas áreas de energia, gás e finanças corporativas. 

CPI na ENEL na ALESP

Na última terça-feira (21), a Assembleia Legislativa de São Paulo retomou as reuniões da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enel.

A concessionária precisou responder pela falta de fornecimento de energia em São Paulo, a quantidade de colaboradores em atuação nos dias que antecederam e sucederam o temporal do dia 3 de novembro e sobre a ausência de um plano de emergência para temporais.