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Débora Aladim dá dicas para o Enem 2023 e conta como alcançou mais 7 milhões de seguidores

Mineira coleciona mais 7 milhões de seguidores nas redes sociais e faz conteúdos sobre história e português

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A youtuber e historiadora Débora Aladim dá dicas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio

Com vídeos longos sobre conteúdos que podem cair no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vídeos de curta duração sobre curiosidades históricas, a mineira Débora Aladim, de 25 anos, conseguiu colecionar mais de 7 milhões de seguidores nas redes sociais. Em entrevista à Itatiaia, a historiadora contou como começou sua carreira na internet e como descobriu o talento para ajudar as pessoas a aprenderem sobre história.

Acessibilidade

Depois que entrou na universidade, Aladim começou a conciliar a rotina de estudos, o trabalho em um cursinho pré-vestibular e a produção de conteúdo para a internet. Foi nesse momento, com uma de suas alunas, que a historiadora descobriu que precisava acrescentar legenda nos seus vídeos.

"Quando eu trabalhava no cursinho eu tinha uma aluna surda que comentou que gostava de estudar pelo YouTube porque a plataforma fazia legendas automáticas, mas as minhas não eram boas porque eu falava muito rápido. A partir daí eu fiquei muito mexida com a situação e passei a legendar todos os meus conteúdos", disse.

A mudança ampliou tanto a visibilidade de Aladim que, logo depois, a jovem descobriu que também atingia um público inusitado: o das mães que amamentam. A historiadora relembrou muitas mulheres a agradeceram porque conseguiam assistir aos vídeos no mudo sem atrapalhar o bebê durante amamentação.

Exposição

Com tanta exposição, também veio o lado negativo, os comentários maldosos e críticas exageradas feitas por internautas - também conhecido como hate. Aladim relembrou que aos 15 anos já era alvo de comentários maldosos nas redes sociais. "O primeiro comentário que recebi em toda a história do meu canal no YouTube. Quando eu tinha 15 anos foi um assédio. Eu gravei o vídeo com o uniforme de escola, eu era menor de idade", contou.

Anos depois, a historiadora entende que esse é um ônus da profissão que escolheu e lida de forma melhor com as críticas. "É uma coisa muito esquisita, mas ao longo do tempo eu consegui diferenciar que a maioria hate é, na verdade, um machismo, um preconceito devido à idade de aparência".

Como tudo começou

Em 2013, aos 15 anos, Aladim fez um vídeo despretensioso para ajudar os colegas classe, gostou e continuou fazendo durante sua trajetória acadêmica, enquanto ela mesma estudava para passar no vestibular. O público foi aumentando e, hoje, ela é referência em conteúdos educacionais voltados para jovens que estão estudando para o Enem e para outros processos seletivos.

Enquanto no início da carreira de Débora Aladim vídeos explicativos sobre conteúdos de matérias escolares eram escassos, 10 anos depois, ela percebe um cenário completamente diferente. Para ela, cada vez mais professores e alunos vêm compartilhando suas rotinas e informações sobre educação. "Eu acho isso muito legal, não só porque motiva muita gente a estudar, mas também porque hoje a gente entende melhor como que é na faculdade. Ficou muito mais próximo", explica.

Futuro

Além de continuar impactando a vida de milhões de estudantes por meio da educação, um dos grandes sonhos de Aladim para os próximos anos é construir um método de alfabetização voltado para adultos. "Eu gosto muito do Paulo Freire. Ele é uma grande inspiração para mim [...] e quando eu trabalhei com EJA [Educação de Jovens e Adultos] que são pessoas adultas que não tiveram oportunidade de estudar, eu fiquei impactada", afirmou.

Conselho para os vestibulandos

Para Aladim, os estudantes que estão na fase do vestibular não devem subestimar os próprios sentimentos e a pressão que sentem. "Às vezes, a gente acha que é só uma obrigação que está exagerando, mas, não, realmente é uma pressão muito grande, é muito difícil passar por isso [a fase do vestibular]", diz.

Nesse momento de indecisão sobre a carreira e de pressão por desempenho, Aladim afirma que é importante que os jovens possam contar com uma rede de apoio. "Conversar com a família e falar: 'olha, eu preciso do apoio de vocês'. Porque, às vezes, nossos pais acham que se eles não cobrarem, nós não vamos nos cobrar, mas a pior pressão é da gente conosco", explica.


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