Vacinas contra gripe são feitas usando ovos de galinha; saiba mais
As galinhas são criadas de modo controlado com a finalidade de produzir ovos férteis
As vacinas trivalentes, contra a gripe, produzidas no Brasil são feitas a partir de ovos de galinha, de acordo com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para 2024, as vacinas contra a influenza devem utilizar três tipos diferentes de cepas. Mas, e o ovo da galinha? Como ele é utilizado na produção de vacinas?
De acordo com informações do Instituto Butantan, os ovos embrionados de galinha vêm de mais de 300 mil aves, da linhagem Hysex, que são criadas de modo controlado (ar, água, ração, temperatura, etc.), com o principal objetivo de produzir ovos férteis que serão incubados para desenvolvimento do embrião e que, posteriormente, serão utilizados exclusivamente na produção de vacinas.
"Todos os dias, um caminhão leva da granja para o Instituto entre 120 e 250 mil ovos de galinha embrionados de 10-11 dias, acondicionados de forma bem protegida para não haver perda", detalha o Butantan. Geralmente, uma dose de vacina corresponde a um ovo.
Ao chegarem, os ovos são retirados do caminhão e levados para o centro de produção, passando por uma esteira, em um ambiente livre de contaminação, detalha o Instituto.
"Os ovos podem ser analisados automaticamente no ovoscópio automático, para verificar sua qualidade."
Após selecionados, os ovos seguem para a inoculação automática. Isso significa que serão introduzidos neles o Vírus da Influenza.
"A inoculação é feita assim: uma agulha faz um furinho no topo da casca e outra agulha injeta o vírus diretamente na cavidade alantóica."
Vacinas
Para o ano de 2024, as vacinas trivalentes produzidas a partir de ovos de galinha devem utilizar as seguintes cepas:
Influenza A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09.
Influenza A/Thailand/8/2022 (H3N2).
Influenza B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria).
Em conformidade com as recomendações da OMS, todos os anos a Anvisa publica a composição das vacinas contra influenza que serão utilizadas no ano seguinte.
A vacina para influenza é aplicada em crianças de seis meses a dois anos, gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, indígenas, pessoas privadas de liberdade e profissionais de saúde.
Doentes crônicos e mulheres até 45 dias após o parto se juntaram, em 2013, ao grupo prioritário para vacinação.
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