Família de torcedor morto com tiro da PM pede indenização de R$ 1 milhão
Advogado entrou com ação nesta semana em São Paulo
A família do torcedor são-paulino que morreu depois de levar um tiro disparado por um policial militar, após a final da Copa do Brasil, no mês passado, entrou na Justiça de São Paulo para pedir uma indenização de R$ 1 milhão por parte do governo do Estado. O dinheiro, conforme a ação, é para a mãe e o filho da vítima, de 8 anos.
Rafael Garcia, que tinha 32 anos, morreu depois de levar um tiro na cabeça de "bean bag", tipo de munição usado pela PM no lugar das balas de borracha. O crime aconteceu quando os policiais tentavam dispersar torcedores nas proximidades do Estádio do Morumbi, em 24 de setembro.
No entendimento dos advogados da família, há indícios de que a morte de Rafael tenha ocorrido por uma falha da polícia, o que poderia responsabilizar o governo estadual. A ação na esfera cível foi impetrada na segunda-feira (2).
A vítima era deficiente auditivo e trabalhava como estoquista em um supermercado. Segundo os advogados, a mãe e o filho de Rafael dependiam financeiramente dele.
A morte do torcedor é investigado como homicídio pela Polícia Civil. A investigação está sendo comandada pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que tenta descobrir quem disparou o tiro que matou Rafael Garcia. O tipo de munição é utilizado apenas pela PM.
Após a morte do torcedor, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pediu que a polícia revise, reanalise e ajuste os protocolos de uso das "bean bags", que são pequenas esferas de chumbo envoltas por plástico disparadas por uma arma calibre 12.
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