O que é septicemia aguda? Entenda a doença de Stênio Garcia
Stênio Garcia foi internado em um hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, nesse sábado (1º) com septicemia
Stenio Garcia foi internado em um hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, nesse sábado (1º), com um quadro de septicemia aguda. Segundo o médico infectologista e professor da UFMG, Geraldo Cunha Cury, a sepse, também chamada de septicemia, é uma resposta inflamatória exagerada do corpo, que provoca diversas alterações no paciente. A doença costuma decorrer de uma infecção.
“É muito importante conceituar a sepse como uma doença predominantemente inflamatória, e ela pode ocorrer em decorrência de infecções virais e bacterianas por fungos ou por parasitas. Já o choque séptico é um subconjunto da sepse, que envolve os casos mais graves, a gente chama de síndrome da resposta inflamatória sistêmica, porque isso é produto dessa resposta inflamatória do organismo em função desses agentes que podem atacar”, explica o médico.
Uso indevido de antibióticos pode levar à sepse
Conforme o médico Geraldo Cunha Cury, alguns pacientes podem ter predisposição à sepse. Ele explica que crianças menores dois anos, adultos acima de 55 anos e pessoas com imundo deficiência genética ou secundária, câncer, diabete, cirrose ou fibrose cística, além de várias outras doenças, podem ser mais suscetíveis à sepse.
O infectologista destaca, entretanto, que o uso indevido do antibiótico é um fato importante relacionado aos casos de septicemia. Segundo ele, o uso descontrolado de antibióticos pode levar ao aparecimento de bactérias resistentes, que acabam causando a sepse.
“Quando a gente fala em sepse, nós não estamos falando de alguma coisa de outro mundo, as pessoas precisam tomar cuidado. Quando o médico passa um antibiótico e põe lá ‘usar durante sete dias’, se a pessoa usa menos do que sete dias, ela facilita o aparecimento de resistência bacteriana. Não tome remédios, principalmente antibióticos, sem receita médica”.
Casos de septicemia vem crescendo no mundo
Geraldo Cunha Cury relata, ainda, que com o avanço da medicina o número de casos de septicemia vem crescendo. Isso porque a doença ocorre, muitas vezes, devido a complicações de cirurgias e transplantes, além da idade avançada.
“A frequência da sepse tem crescido em todo mundo, pois a população cada vez mais vive mais tempo, e aí os riscos e as possibilidades de infecção vão se tornando maiores. Os procedimentos cirúrgicos cada vez mais complexos, a imunossupressão terapêutica, que é utilizada em transplantes, na oncologia e na reumatologia cada vez são mais comuns, e levam a um aumento dos casos de sepse”.
Diagnóstico e tratamento da sepse
O diagnóstico da septicemia é feito a partir de um exame de sangue que aponta a presença de bactérias no corpo do paciente. Segundo o infectologista, alguns sintomas podem apontar aos profissionais de saúde a possibilidade do paciente estar sofrendo uma septicemia. São eles:
Febre
Dificuldade respiratória
Pressão arterial baixa
Ritmo cardíaco acelerado
Confusão mental
Geraldo Cury destaca, entretanto, que esses são sintomas comuns de muitas outras doenças, e que só um profissional pode diagnosticar um paciente com septicemia, a partir do exame de sangue.
“O tratamento da sepse ele vai envolver o antibiótico adequado ou outro produto que não seja antibiótico, caso não seja bactéria, a hidratação venosa adequada, administração de vários medicamentos junto com soro e suporte a pressão sanguínea”.
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