Eventos Beneficentes: inspirando outros a fazer o bem 

Uma mulher não consegue engravidar durante anos, decide adotar e depois funda uma ONG de apoio à adoção, um empresário bem sucedido resolve “furar a bolha” e utilizar seus contatos empresariais para devolver à sociedade um pouco do que ele tem recebido, uma ex modelo profissional cria uma linha beneficente de camisetas com uma comunidade quilombola e lança com um evento com um concerto de harpa e flauta e um jovem da periferia de Ribeirão das Neves realiza a segunda edição do seu jantar beneficente se consagrando uma das maiores lideranças sociais do país, o que essas histórias têm em comum?

Essas pessoas decidiram causar impacto positivo na sociedade e mais, entenderam a importância de comunicar e potencializar seus projetos sociais através de eventos beneficentes para que mais pessoas possam seguir seus exemplos e façam parte das ONGs. Nos últimos vinte dias participei de quatro eventos incríveis e gostaria de dividir a minha experiência com vocês, além de contar um pouco a história dessas iniciativas sociais maravilhosas.

Concerto do bem

Fui convidada a assistir um Concerto na Sala Minas Gerais de uma Orquestra tocando um repertório de músicas da famosa banda internacional Coldplay, o que eu não imaginava no primeiro momento, era que o concerto e a orquestra faziam parte de uma iniciativa do Instituto Adotar. Fundado pelas irmãs Mônica Rodrigues e Fernanda Grecco, o instituto é uma OSC (Organização da sociedade civil) sem fins lucrativos.“Todo nosso trabalho é voluntário e tem como objetivo minimizar o sofrimento de bebês, crianças, adolescentes, mulheres e idosos que se encontram em situação de vulnerabilidade social. O público são crianças e adolescentes que estão institucionalizados em casas de acolhimento (abrigos),bem como mulheres, idosos e suas famílias que residem em comunidades. O principal objetivo é "adotar" vidas, podendo ser através do atendimento de suas necessidades emergenciais, incentivar a adoção, a promoção de atividades para as crianças e adolescentes que estão acolhidos (abrigados), desenvolvimento da autoestima e do protagonismo das mulheres, a socialização de pessoas idosas e o acompanhamento de famílias que enfrentam a miséria e precariedade de recursos, diz Mônica.”

O que posso dizer é que me surpreendi e encantei quando assisti o espetáculo Coldplay In Concert, rico em detalhes, com uma orquestra simplesmente perfeita, cantores maravilhosos, repertório impecável e corpo de baile magnífico. Confesso que quando as crianças entraram no palco com as fundadoras caí em lágrimas, mas foi depois, quando contatei Mônica e entendi o quanto o trabalho do Instituto é maravilhoso e sua dedicação ímpar, é que fiquei ainda mais impactada e com vontade de dividir isso com vocês, meus leitores, afinal, ano que vem terão mais espetáculos da Orquestra Adotar e já estou ansiosa em pode convidá-los a assistirem!

Furando a Bolha

Conheci o Bruno através de um amigo, no primeiro dia de conversa falamos sobre diversos assuntos, dentre eles, o seu desejo de criar um instituto para que pudesse ajudar ainda mais não só os projetos que ele já apoiava quanto outros que pudessem surgir. Passaram alguns meses e então recebi com alegria o convite de um coquetel de inauguração do Instituto Tailor. Segundo Bruno Matta Machado, sócio da Tailor e idealizador do Instituto, a iniciativa surgiu a partir de um incômodo pessoal. “Todos os dias a gente lida com profissionais das principais cadeiras executivas do mercado, com altos salários e acessos. Por outro lado, vivemos em um país onde 90% da população ganha menos de R$4.000,00 e mais de 60 milhões vivem abaixo da linha da pobreza”. A proposta do Instituto Tailor é ser uma ponte entre estas duas realidades e poder utilizar este grupo privilegiado, para impactar pessoas em situação de vulnerabilidade. “A verdade é que vivemos em uma bolha, onde pagar 200 reais em um vinho, por exemplo, é algo comum. Fora da bolha esse dinheiro pode fazer muito mais. Tem muita gente do bem, com recursos, querendo fazer a diferença no mundo, mas não sabe onde e nem como fazer, o Instituto Tailor fica então com essa missão”, explica Bruno.

Com seu carisma e círculo de amizade, já na noite do lançamento, Bruno conseguiu diversos padrinhos e mostrou que é preciso dar o exemplo e ser um caminho para que outras pessoas possam exercer a responsabilidade social e “furar a bolha”.

TRUE- Moda que transforma

Eu já falei em outras colunas sobre o trabalho da empreendedora social Camila Chiari, mas dessa vez quero contar sobre o seu projeto TRUE, seu negócio social. Camila criou uma confecção de camisetas personalizadas feitas por mulheres em situação de vulnerabilidade social na Comunidade Quilombola dos Arturos e que visa gerar renda e visibilidade às mesmas. A linha esse ano foi inspirada na beleza e tradição Italiana, o coquetel de lançamento contou com a apresentação de Camila Chiari tocando sua Harpa, Sulamita Duarte na flauta e teve o apoio da renomada loja Barbara Bela.”O setor da moda é um excelente “caminho” para levar dignidade para essas comunidades que possuem mulheres fortes, talentosas e que só precisam de uma oportunidade e apoio para se inserirem no mercado de trabalho”, reflete Camila.

Segundo Jantar Clube do Grito

Ano passado aceitei junto a minha equipe da Terceiro Olhar o desafio de produzir o Primeiro Jantar Clube do Grito em prol do Instituto O Grito- Gerando Falcões. Fundado pelo empreendedor social Leandro Martins,Léo, como é chamado por todos, nasceu em uma favela da cidade de Ribeirão das Neves, conheceu “na pele” as dificuldades enfrentadas pela camada mais carente da população, mas não se abateu. Em 2016 ele fundou o Instituto O Grito que este ano ganhou mais uma sede, a Casa Sonhar, que tem o apoio da Patrimar Engenharia. Desde 2019 o O Grito integra a Rede Gerando Falcões(GF), já recebeu diversos prêmios e desde o ano passado Léo passou a ser Gerente Nacional da GF. O primeiro jantar já citado em outra coluna por mim, rendeu mais de um milhão de reais e esse ano não foi diferente, o evento foi realizado novamente com o apoio do Espaço Far East, arrecadou 1,2 milhões de reais e contou com a presença de 322 convidados da elite empresarial mineira, dentre esses; Rubens Menin (MRV), Guilherme Teixeira ( Barbosa Mello) e Marco Patrus (Patrus Transportes). A noite também teve o show do músico Henrique Portugal e toda a renda arrecadada será revertida em prol das ações do Instituto O Grito. Mais uma vez Léo provou que “não importa de onde você veio, mas sim para onde você vai”.

Esses eventos beneficentes provam o quanto é importante que ações assim aconteçam para servir de exemplo, arrecadação e divulgação de projetos incríveis de alto impacto.

A coluna de hoje quis servir de inspiração para você, que deseja fazer a diferença na sociedade, que quer “tocar almas”, “furar a bolha”, enxergar o “invisível”, “dar a voz” a quem não tem e agir efetivamente para que possamos viver em um mundo mais justo, com mais oportunidades e desenvolvimento socioeconômico.

Para saber mais, acesse

Instagram: @institutoadotar

tailorexec.com.br/instituto-tailor ou por e-mail instituto@tailorexec.com.br

www.camilachiari.com.br

www.institutoogrito.org