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Marco fiscal aprovado na Câmara: de onde virão as receitas?

Cenário financeiro é turvo enquanto governo Biden não entra em acordo com oposição para evitar calote da dívida dos EUA

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Marco Fiscal foi aprovado na Câmara e segue para o Senado: de onde virão as receitas?

O arcabouço fiscal passou pela primeira etapa: o texto passou na Câmara no primeiro tempo do jogo. Agora tramitará no Senado. Pelo bem do Brasil, temos um novo marco fiscal. Resta saber se, na prática, ele será efetivo. Pelo menos, temos regras fiscais para acompanhar o desempenho do governo.

Este arcabouço foi votado na terça-feira (23), dia em que o mercado financeiro global já estava tenso. As preocupações permanecem. Nos EUA, é necessário que o governo democrata de Biden e a oposição republicana — maioria no Congresso — entrem em acordo para que o teto da dívida americana seja elevado, e assim se evite o pior: o calote da maior economia do mundo. Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, não descarta um default a partir de 1º de junho. O tempo está curto para que esta novela acabe. Por isso, os mercados de risco estão sofrendo e as bolsas caem no mundo todo.

Covid na China

Na Ásia, a China manda avisar que uma nova cepa do coronavírus traz preocupação. Cerca de 40 milhões de chineses podem contrair o vírus por semana até o fim de maio, chegando a 60 milhões até o fim de junho. Para combater esta cepa, estão desenvolvendo uma nova vacina.

Índices na Europa

Na Europa, a Alemanha vê o principal índice de atividade econômica, o Ifo, que traz o sentimento das empresas, cair depois de sete meses em alta. No Reino Unido, a inflação que estava em 10% caiu para 8,7%, o que pode fazer com que o Banco da Inglaterra mantenha a tendência de elevar juros para controlar e trazer a inflação para a meta de 2% a 2,5%.

Cenário turvo

Portanto, para a renda variável e os mercados de risco o cenário está turvo. No Brasil, o cenário internacional complicado impediu que a Bolsa operasse em alta. A B3 cai levemente porque as ações da Petrobras estão em alta, acompanhando a elevação do preço do barril de petróleo no mercado internacional. O que não faz muito sentido, já que a nova política de preços da Petrobras promete não repassar rapidamente essa alta de preços para os preços praticados pela companhia no Brasil.

Por aqui, o dólar cai em relação ao real, já como efeito da aprovação do arcabouço fiscal na Câmara, e os juros futuros operam em queda. Resta saber, na prática, se o marco fiscal funcionará.

Não quero ser profeta do apocalipse, mas é bom lembrar que o relatório apresentado pelo governo mostra que o déficit para 2023 deve ser revisado para cima, já que as receitas ainda não vieram — e a gente não sabe de onde virão.

É necessária, também a aprovação da reforma tributária e um aumento de receitas para que este arcabouço fiscal funcione na prática.


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