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Dois Brasis para uma Venezuela

A Venezuela traz elementos do fracasso de visão democrática implementado por Bolsonaro e, também, do clientelismo defendido pelo PT

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Venezuela era um dos países mais desiguais do mundo, com fortunas geridas por quem explorava o petróleo e, na outra ponta, pela miséria e pela falta de alternativas econômicas

É isso mesmo, caro leitor, precisamos do Brasil de Bolsonaro mais o Brasil de Lula para chegarmos onde a Venezuela chegou.

A Venezuela, tal como herdada por Nicolás Maduro do antecessor Hugo Chaves, traz elementos do fracasso de visão democrática implementado por Bolsonaro e, também, do clientelismo defendido pelo PT.

Hugo Chaves, enquanto foi Presidente da Venezuela, usou os mesmos artifícios que Bolsonaro usou no Brasil para implementar sua visão de mundo e solapar a democracia naquele país.

O discurso de Chaves era de austeridade e de combate à corrupção de governos anteriores. O discurso de Chaves era contrário aos tradicionais veículos de comunicação, o discurso de Chaves era contrário às instituições de fiscalização e controle. Em especial, contra o Legislativo e o Judiciário.

Depois de eleito, Hugo Chaves interferiu o quanto pode nos poderes, usou artifícios legais e a força do dinheiro para dominar a narrativa no país e não deixar que vozes dissidentes tivessem eco quando o tema era a sua gestão.

Hugo Chaves também aparelhou o Estado com homens do Exército. Colocou oficiais da ativa e da reserva em postos chaves do governo, com o discurso de nacionalismo, eficiência e de uma maior “moralidade” dos homens de farda.

Contudo, essa interferência nas instituições não chegaria longe se não distribuísse renda no país. A Venezuela era um dos países mais desiguais do mundo, com fortunas geridas por quem explorava o petróleo e, na outra ponta, pela miséria e pela falta de alternativas econômicas da maior parte dos cidadãos.

Chaves mudou essa história em 1º de maio de 2007 quando, fazendo uso de um decreto presidencial, nacionalizou a exploração do petróleo, que antes era executada por empresas transnacionais.

Com bilhões de dólares oriundos da exploração e comercialização do petróleo, o governo venezuelano fez o maior programa de assistencialismo de que se tem notícia na América Latina. A distribuição de recursos e itens para a população gerou uma dependência do cidadão ao estado, ao ponto de limitar as alternativas para troca de governo naquele país.

Somando, então, a forma como Bolsonaro vê as instituições de controle, a imprensa e o papel do exército em seu governo, ao clientelismo gerado pelos programas de distribuição de renda do governo Lula, temos o cenário perfeito para sermos comparados com a Venezuela.

Mas enquanto o presidente do Brasil for um ou outro, ainda estamos bem distantes do que acontece no país vizinho.


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