O climão e a transição energética
O exagerado calor fora de época dessa semana trouxe consigo os danos nas produções agrícolas, impacto na saúde dos produtores rurais
Noticiado na semana passada e com as consequências surgindo nesta nessa semana, as temperaturas subiram em grande parte do país e toda população sofreu os efeitos desse aumento. Esse calor é causado pelo El Niño, que é causado pelo aumento anormal das águas da superfície do Oceano Pacífico Equatorial.
Muita gente passando mal, desmaios, sensação de abafamento e até mesmo uma maior preocupação com crianças e idosos. O corpo humano tem uma temperatura interna constante de 36 °C a 37°C e se aumentar em 4ºC pode chegar a riscos extremos, podendo até chegar a morte.
O exagerado calor fora de época dessa semana trouxe consigo os danos nas produções agrícolas, impacto na saúde dos produtores rurais. O gado também sofreu com essas consequências em uma época de águas baixas em represas e lagos, causadas pela baixa umidade do ar e poucas chuvas.
Nas cidades, para fugirmos do calor, foram muito utilizados o ar condicionado e os ventiladores. Isso reflete num consumo exagerado do uso de energia, sendo que setembro atingiu o recorde de sua utilização, estimativa calculada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
Esse aumento no gasto de energia levará os consumidores para um grande consumo e certamente causará um aumento na conta de energia. Fomos um país com uma matriz energética limpa, mas em casos de aumentos do uso da energia, as usinas térmicas podem ser acionadas. Sabemos que as térmicas lançam na atmosfera a emissão de gases de efeito estufa (GEE), aumentando mais a temperatura.
Entramos num ciclo vicioso causado por altas temperaturas, uso de mais ar condicionado, aumento no uso da energia, acionamento das térmicas, gerando o aquecimento global. Especialistas no assunto afirmam que a queima de combustíveis fósseis ocasionam esse aquecimento global e torna os eventos climáticos mais intensos, como grandes enchentes, ciclones e outros.
Por isso é fundamental que a transição energética seja rápida e efetiva. Apesar do crescimento da nossa matriz energética limpa, ainda somos o quinto na escala mundial nas emissões de GEE, nossas emissões seriam resultantes das mudanças do uso da terra e desmatamento, e da agropecuária.
Por causa de nossa ampla matriz de energia renovável, poderíamos atingir a liderança no processo de transição energética, utilizando o mercado de hidrogênio, biomassa, biocombustíveis e incluir ainda a frota automobilística. Quantos carros a gasolina ou a diesel circulam pela cidade e lançam na atmosfera CO2?
Com a diminuição dessas emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, possa ser que nosso clima volte ao normal. E oxalá, não demore muito.
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