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'Ex-rival' faz a festa no primeiro clássico na Arena MRV que teve o limitado Cruzeiro superior ao badalado Atlético 

Raposa ganha fôlego na briga contra o rebaixamento e Galo vê grupo da Libertadores se afastar 

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Coluna do Alexandre Simões

Num dos mais importantes clássicos deste século, pois marcou a chegada do confronto à Arena MRV, o futebol deu mais uma lição. Apesar de todas as limitações técnicas, do momento conturbado e da ameaça de rebaixamento, o Cruzeiro venceu o Atlético por 1 a 0, gol contra de Jemerson, neste domingo (22), pela 28ª rodada da Série A. E com méritos, sendo melhor em campo na maior parte do tempo.

Como um jogo especial, o clássico deixa lições para os dois lados. Seja num primeiro tempo equilibrado, que teve o Cruzeiro melhor no início, o Atlético na segunda metade, ou na etapa final, quando só a equipe do contestado Zé Ricardo jogou, diante de uma equipe atleticana sem criatividade e que teve o poderoso ataque sendo presa fácil para a defesa celeste.

O ponto principal a ser destacado é que não se pode diminuir o clássico, quando o diretor de comunicação do Atlético chamou o Cruzeiro de ex-rival ele fez isso. E virou personagem do confronto, só não mais negativo do que o afobado zagueiro Jemerson, que decidiu o confronto com um gol contra.

Isso não se faz porque ao chamar o adversário mais tradicional de ex-rival se transita entre a arrogância e o complexo de inferioridade, embora isso posso parecer estranho, mas possível.

Além disso, você dá um combustível desnecessário num jogo tão importante, em que qualquer tipo de coisa é usado como instrumento de motivação. E o ex-rival entrou na Toca da Raposa II e no vestiário celeste na Arena MRV.

Mas isso poderia até passar despercebido se Felipão tivesse trabalhado bem, pois tem um material humano muito mais qualificado, embora isso não signifique que tinha pela frente um ex-rival, mas apenas um adversário tradicional em momento complicado e com menos qualidade neste momento.

Apesar da superioridade técnica, do mando de campo, do apoio da torcida, o Atlético foi um time acanhado. Se assustou com uma bola na trave em quase gol contra de Guilherme Arana logo no primeiro minuto, e custou a entrar no jogo, mas ainda conseguiu tomar as rédeas depois dos 20 minutos e terminar a etapa inicial em leve vantagem, mas muito abaixo do que se esperava diante de todo o enredo do clássico.

O intervalo fez mal ao Galo, e muito bem à Raposa. Zé Ricardo aprendeu uma lição, que é até básica, mas ele insistia em não ver, que é colocar Bruno Rodrigues pelo lado esquerdo do ataque.

Lucas Silva dominava o meio de campo, a defesa mostrava firmeza e o Atlético não conseguia chegar à área de Rafael Cabral. Já o Cruzeiro incomodava e muito a Everson.

Quando o 0 a 0 parecia definitivo, um cruzamento de William provocou ação desastrosa de Jemerson, que marcou contra o único gol do primeiro clássico na Arena MRV, vencido pelo Cruzeiro, com propriedade.

Sim, o time de Zé Ricardo mereceu e muito vencer o jogo, na sua melhor atuação sob o comando do treinador que substituiu Pepa. Ainda há pelo menos nove pontos a se conquistar para que o fantasma da Série B seja afastado, mas o resultado foi fundamental num momento em que o time se aproxima perigosamente da zona de rebaixamento.

O Atlético, que busca vaga na Libertadores do ano que vem, segue em sua campanha montanha-russa, pois o time que na última quinta-feira (19) fez 2 a 0 no Palmeiras, no Allianz Parque, com propriedade, foi inferior ao pressionado Cruzero dentro da sua casa.

Que as lições do clássico sirvam para que os dois lados evoluam nas dez rodadas finais na briga por seus objetivos, embora este primeiro jogo na Arena MRV valesse muito mais do que os três pontos, pois estará para sempre na história que foi cruzeirense a primeira vitória na casa atleticana.


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