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Enredo pobre do Cruzeiro de Zé Ricardo provoca mais um filme de final previsível no Mineirão 

Pobreza do elenco é barreira para a batalha celeste contra o retorno à Série B do Campeonato Brasileiro 

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Coluna do Alexandre Simões

Os jogos do Cruzeiro como mandante neste Campeonato Brasileiro parecem aquelas músicas de determinados cantores em que a melodia é sempre a mesma, o que muda são as letras. É um filme de enredo pobre em que o final é mais do que previsível. E isso esteve mais presente do que nunca na derrota de 2 x 0 para o Flamengo, nesta quinta-feira (19), no Mineirão, pela 27ª rodada da Série A.

Pode parecer um erro comparar a caminhada celeste neste Brasileirão com algo relacionado a arte, pois se carrega sempre a ideia de que arte é algo incontestável. Mas não é. E na manifestação artística do futebol, o mandante Cruzeiro é a prova definitiva disso.

O gosto duvidoso, o intérprete ruim, os desafinados também integram um universo carregado de magia, mas muitas vezes cruel com os carentes de talento.

Zé Ricardo mudou bastante a maneira de seu elenco atuar. Apostou em três volantes e mais um lateral, o garoto Kaiki, no meio, dando liberdade de criação a Matheus Pereira, a estrela da companhia azul, com Bruno Rodrigues, o melhor atacante entre os coadjuvantes celestes, isolado na frente, mas mesmo assim incomodando a retaguarda rubro-negra, a ponto de arrumar um cartão amarelo para Thiago Mais numa arrancada.

E a coisa corria relativamente bem. O Cruzeiro estava longe de ser brilhante, pois não tem talento para isso. Mas também não era incomodado pelo quarteto de estrelas do Flamengo, formado por Gérson, Everton Ribeiro, Pedro e Bruno Henrique.

Mas algo era evidente desde o início. A capacidade de atuação. Tanto que as melhores ações ofensivas rubro-negras eram frutos de falhas cruzeirenses, principalmente nos passes.

E foi isso que decidiu o jogo. Quase que seguidamente, na reta final do primeiro ato, Luciano Castán e Neris entregaram dois gols ao Flamengo.

Os dois gols de vantagem no placar deram aos cariocas a chance de abusar de encenação no epílogo. Além da demonstração de todo o poder de atuação que possuem, os flamenguistas em determinados momentos foram artistas para também inibir uma frustrada tentativa de pressão celeste com o recurso da cera.

E do lado azul, ficou no ar a impressão de encenações no objetivo de forçar punições para o clássico do próximo domingo (22), contra o Atlético, na Arena MRV.

E no episódio repetido da dramática minissérie celeste nesta Série A ficou ainda mais evidente que Zé Ricardo está longe de ser o diretor ideal para comandar um elenco que sonhou com Cannes, mas tem mesmo é que lutar para não ser um filme Série B.


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